Qui, 01/07/2010 - 13:39
Uma medida motivada, segundo o director clínico do Centro Hospitalar do Nordeste, Sampaio da Veiga, pela recusa dos 12 médicos requisitados ao ACES Nordeste em fazer o acompanhamento dos doentes críticos até outras unidades de saúde.
“O que está em causa é a segurança e acompanhamento dos doentes. Estes médicos têm todos os seus empregos e prestavam-nos serviços. Sem qualquer pedido de reunião, encostaram-nos contra a parede e disseram-nos que não queriam fazer o serviço. Puseram em perigo a prestação de cuidados de saúde aos utentes e é isso que nos move. Ter a certeza que os doentes têm o melhor atendimento e, infelizmente, muitos deles têm de ser levados para outras unidades e não podemos abandonar o doente, que será acompanhado por médicos com formação em Suporte Avançado de Vida”, disse Sampaio da Veiga.
António Marçôa, do conselho de Administração do CHNE, aponta mesmo algumas vantagens nesta alteração.
“Vamos conseguir ter sempre dois médicos na triagem 24 sobre 24 horas. E tínhamos algumas dificuldades porque havia alguns que não eram bons profissionais e às vezes tínhamos falta de médicos, frequentemente sem aviso prévio. No contrato que temos com essa empresa temos isso garantido. É imputada à empresa a responsabilidade de ter sempre dois médicos. Um dos médicos tem sempre de fazer o acompanhamento crítico. E temos a garantia que são cumpridos os protocolos que temos no serviço de urgência.”
Para além disso, haverá um ganho de dois euros no preço pago por hora a cada um dos médicos.
A Administração do CHNE garante ainda que há um compromisso com as empresas que vão prestar o serviço de incluir nos seus quadros os clínicos que vinham tendo melhor prestação.
Escrito por Brigantia
