Qua, 21/08/2024 - 08:25
Esta paixão já o fez reunir mais de cinco mil peças, expostas num museu em Izeda, concelho de Bragança, onde vive.
Tudo começou em 1989. “Comecei a trabalhar nisso, porque via coisas velhas na rua e também trabalhava nas obras, vi que ficam bem em minha casa e foi assim que tudo começou. 80% do que está aqui foi encontrado no lixo”, contou.
Quando a porta do museu se abre, deixam de ser vistas paredes e chão. A quantidade imensa de objectos saltam à vista e para muitos são o significado de uma vida, de um ciclo ou até mesmo uma curiosidade.
Mas porquê coleccionar tudo isto? “Gosto de coisas velhas, sempre gostei e vou continuar a gostar”, vincou.
E qual é a peça que gosta mais? “É dos bacios antigos, porque me chama a atenção as sanitas de antigamente”, disse.
Numa mala de viagem antiga é possível encontrar notícias que marcaram a região nas últimas décadas. São dezenas de jornais que foram encontrados dentro dos espelhos. “Eram forros dos espelhos antigamente. Tenho este jornal da Guerra de 45, veja o valor que tem”, frisou.
Peças com valor, mas que não são apreciadas por todos. “Tenho noção que isto tem valor, mas estamos num centro muito povo e o povo daqui não aprecia isto”, lamentou.
O Museu Puleiro, no centro da vila de Izeda, pode ser visitado sempre que as pessoas tiverem interesse. O espaço já não consegue acolher mais artigos, por isso José Luís Fernandes gostava de encontrar um local maior e adequado onde os visitantes pudessem usufruir da sua paixão.
Escrito por Brigantia