Ter, 28/07/2009 - 08:07
Tem cerca de 42 anos e vem preferencialmente da região de Lisboa e Vale do Tejo ou do Grande Porto.
Este é o perfil do turista que visita a Terra Fria Transmontana, segundo o estudo encomendado pela associação de municípios desta região.
Ao todo foram inquiridos mais de oito mil turistas que passaram pelos postos de turismo de Bragança, Miranda do Douro, Vimioso e Vinhais, dos quais resultaram 158 inquéritos válidos.
Pouco mais de metade eram do sexo feminino e quase 40 por cento vinha de Lisboa e Porto.
Viajam sobretudo em casais e 91 por cento visitava a Terra Fria pela primeira vez, ficando em média 2,66 dias e gastou quase cem euros por dia.
Os cinco factores que mais pesaram na escolha de vir à Terra Fria foram a Natureza, a gastronomia, o património, a cultura e as aldeias típicas.
A maioria dos inquiridos refere que já comprou ou tem intenção de comprar produtos locais, preferindo o fumeiro e o artesanato.
Resultados já esperados pelo presidente da câmara de Bragança, Jorge Nunes.
“Não estão muito fora daquilo que é a informação que temos no posto de turismo de Bragança. Fazemos a avaliação trimestral desde há anos. De onde vem o turista, a nacionalidade, procuramos obter informação sobre o tempo de permanência e da motivação de acesso à região. Nesse item está a natureza, a gastronomia, o património e a cultura, que são as quatro prioridades das escolhas dos turistas. Há-de haver outras como congressos, mas são minoritárias”, explica o autarca brigantino.
Mas nem tudo são rosas.
Em 2008 houve mais de seis milhões de visitas ao site da Rota da Terra Fria, com uma média diária de 16782 acessos, e um total de 114938 visitantes. Números que baixaram em 2009.
“Os dados indicam uma redução no acesso ao site. Não quer dizer que o número de pessoas que visitam a região seja inferior. A nossa perspectiva é que esse número continua a progredir. Não sei qual o efeito da crise na mobilidade das pessoas mas seguramente que esse efeito existe, não vamos ter ilusões. As pessoas viajam menos, têm menos dinheiro para gastar e essa perspectiva de abaixamento há-de estar presente em todo o território nacional”, sublinha Jorge Nunes.
Este estudo de mercado vai permitir agora aos municípios equacionar uma segunda fase do projecto, para profissionalizar a gestão da oferta turística da região.
Escrito por Brigantia