Telemóveis ajudam no combate aos incêndios

PUB.

Qui, 24/07/2008 - 11:59


A Protecção Civil de Mirandela já tem uma rede de comunicações comum que permite aos vários agentes estarem em contacto, incluindo em zonas sem rede de telemóvel. Ontem, foram distribuídos 40 terminais de telemóveis, com a componente rádio, por bombeiros, GNR, PSP, funcionários municipais, associações ligadas à caça e floresta. A intenção é minimizar o tempo de intervenção em caso de emergência.  

Estes equipamentos permitem estabelecer comunicação através de rede rádio ou de qualquer uma das três redes móveis de telefone no grupo fechado de utilizadores com responsabilidade de protecção civil. A rede é apoiada por um número verde sedeado nos bombeiros de Mirandela com atendimento permanente para apoio às operações. Segundo António Branco, vereador responsável pela protecção civil de Mirandela, a novidade destes equipamentos é a garantia que o portador está sempre contactável, podendo alternar a rede conforme a disponibilidade do local. “Nós estamos a entregar um dispositivo que permite a ligação via rede de telemóvel e rádio o que garante que em qualquer lado se consegue utilizá-lo porque a cobertura de rede não é 100% segura” afirma o responsável, considerando que é uma vantagem.

 

O investimento para os primeiros equipamentos foi de 40 mil euros financiado pelo programa transfronteiriço Interreg e está incluído no projecto RNT, um Sistema de Prevenção e Actuação em Situações de Emergência Provocadas por Riscos Naturais e Tecnológicos. António Branco não tem dúvidas que este equipamento vai permitir minimizar o tempo de intervenção em qualquer caso de emergência, por isso chama a atenção dos seus utilizadores para a sua utilização responsável. “Isto é uma responsabilidade para quem o tem porque nós pretendemos diminuir o tempo de intervenção em relação à detecção do incêndio”. António Branco acrescenta que “com duas unidades de bombeiros a fazer vigilância não conseguimos cobrir o concelho” e por isso é necessária “esta rede informal alargada para serem comunicadas as ocorrências”.

 

António Branco revela quais os critérios que levaram à escolha desta dezena de entidades que receberam os 40 equipamentos de telemóvel e rádio. “Começou pela associações humanitárias de bombeiros, GNR e PSP” afirma. “Depois optamos pelas associações de caça que tivessem vigilantes, em seguida fomos às juntas de freguesia onde existe mais risco de incêndios e escolhemos agricultores”.

 

Este protocolo é válido para os próximos três anos, mas António Branco adiantou que é intenção da Protecção Civil adquirir, numa fase posterior, mais 40 aparelhos para alargar a rede a outros agentes, nomeadamente privados que estão no terreno como voluntários ou juntas de freguesia.

Os agentes de protecção civil de Mirandela receberam equipamento de comunicação para utilização em casos de emergência.

 

O projecto é financiado pelo programa transfronteiriço Interreg, o mesmo que está a permitir aos bombeiros de Bragança, Mirandela, Macedo de Cavaleiros, bem como as corporações de Castela e Leon, a utilizarem nos incêndios, um sistema inovador de localização e gestão de meios.

Os soldados da paz foram dotados de dispositivos, nomeadamente computadores pessoais e equipamentos de localização nas viaturas e pessoal que disponibilizam toda a informação sobre o que se passa no terreno a quem coordena as operações.