Surto de gripe só se nota nas farmácias

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Ter, 30/12/2008 - 09:13


A gripe parece ainda não ter chegado em força ao Nordeste Transmontano. Segundo as autoridades locais de saúde a afluência às urgências hospitalares e dos centros de saúde tem sido normal para a época. Já nas farmácias a procura de medicamentos para combater a gripe tem registado um aumento significativo.

A situação está a ser acompanhada quer pela sub-região de saúde quer pelo Centro Hospitalar do Nordeste, garantindo que o cenário em nada difere do ano anterior em época de Inverno, a mais propícia para o surgimento de epidemias de gripe.

Por isso, para Sampaio da Veiga, director clínico do Centro Hospitalar do Nordeste, não se justifica o reforço de meios. No entanto, admite que se as coisas evoluírem noutro sentido “estaremos disponíveis para reforçar as equipas para responder a essa procura”.

Nos centros de saúde a afluência também não tem aumentado de forma significativa o que para os responsáveis locais não justifica o alargamento do horário de funcionamento.

Marcelino Estevinho, director de serviços da sub-região de saúde de Bragança, exemplifica com dados comparativamente ao ano anterior, nos centros de saúde que registaram maior procura. “Há apenas um acréscimo de 5% de afluência em relação ao ano anterior”, revela. Em Bragança, no SASU, “houve 178 atendimentos no ano passado e 201 em 2008”, sustenta.

 

Nas farmácias o cenário tem sido diferente.

Nos últimos dias a procura por anti-piréticos e analgésicos tem sido uma constante e segundo os farmacêuticos a procura é motivada pela gripe.

Ao que parece, os transmontanos estão a recorrer primeiro às farmácias para aliviar os sintomas e se os fármacos não resultarem é que procuram as urgências.

Eugénia Batista directora técnica de uma farmácia de Bragança explica que “mesmo por indicação das sub-regiões e Ministério da Saúde, as pessoas são aconselhadas a só ir ao centro de saúde em situações drásticas”. Só em casos em que “os sintomas gripais não melhorarem ou agravarem é que as pessoas se devem dirigir às Urgências”, acrescenta.

  

A gripe em Trás-os-Montes a fazer-se sentir mais nas farmácias do que nos serviços de urgência dos hospitais e centros de saúde.

Escrito por Brigantia