Seg, 22/03/2010 - 09:15
O socialista entende que a desertificação é um dos problemas estruturais de Portugal que decorre do centralismo.
“A economia pública é um dos últimos obstáculos contra a desertificação, por isso deve ser mantida e reforçada, mas deve ser completada com investimento e a fixação de novas empresas” afirma.
“O combate à desertificação do interior do país passa por um Estado mais descentralizado. A economia do interior precisa de ligar o mundo urbano às potencialidades do mundo rural” acrescenta, salientando ainda que “precisa de uma verdadeira instituição regional onde os autarcas do interior possam pensar a nível regional e tornar-se os protagonista do seu município e da sua região”.
Manuel Alegre acrescenta que a cooperação com Espanha deve ser reforçada tendo em vista o desenvolvimento.
“Um novo relacionamento com Espanha, despido de preconceitos por forma a reverter as relações transfronteiriças num novo potencial de desenvolvimento” refere. “Com isso ganham as populações do interior e o país no seu todo. Portugal não pode tornar-se numa espécie de barco virado para o mar com o seu interior cada vez mais desertificado” salienta.
Um dos promotores deste jantar foi o presidente da distrital de Bragança do PS que manifestou um claro apoio ao histórico socialista.
“Nós temos esperança em ver o Manuel Alegre Presidente da República, esperança em ver o Manuel Alegre preocupado com os problemas do interior e dos mais desfavorecidos” afirma Mota Andrade, acrescentando que “esta será uma candidatura responsável e de confiança, por isso é que nós estamos aqui a pedir a Manuel Alegre para se candidatar à presidência da república”.
Outro dos promotores, o presidente da câmara de Torre de Moncorvo, que foi mandatário distrital de Manuel Alegre nas últimas eleições presidenciais, preferiu criticar o cepticismo da direita em relação aos investimentos rodoviários na região.
“É importante lembrar que não foi só a presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, a dar a entender que não havia IP2 e IC5, nem o candidato Paulo Rangel a dizer que não há dinheiro” para essas estradas. “Foi também o actual Presidente da República que, no ano passado, disse que o nosso país não pode gastar dinheiro em estradas que não têm trânsito” afirma Aires Ferreira, acrescentando que “obviamente estava a referir-se ao Nordeste Transmontano”.
Este jantar contou com a presença de cerca de 200 pessoas, a grande maioria ligadas ao PS.
Escrito por Brigantia