Sindicato da Construção desvaloriza mortes no IP2

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Sex, 02/07/2010 - 10:52


  O Sindicato da Construção de Portugal desvaloriza as duas mortes registadas em pouco mais de um mês nas obras de construção do IP2.

Albano Ribeiro, dirigente sindical, lamenta que tal tenha acontecido, mas salienta que em obras mais pequenas já ocorreram mais mortes.

“Nop ano passado, só num acidente morreram quatro, numa hora tão pequenina. E agora estamos a falar de uma grande infra-estrutura rodoviária. Mas é de lamentar. O que está a ser feito vai ser reforçado, para que no final do ano, quando for feito o balanço, haja muito menos acidentes.”

O sindicato já tinha visitado obras do IP2 e não vê razões para considerar que haja falta de condições de segurança.

Albano Ribeiro diz até que se não fosse o trabalho dos parceiros sociais provavelmente já teriam ocorrido mais mortes.

“Nunca houve tantas obras perigosas como há em Portugal. E se não fosse a nossa intervenção tinham morrido mais trabalhadores.”

O Sindicato da Construção de Portugal organizou ontem uma visita às obras da Auto-estrada Transmontana, mais concretamente à Ponte de Parada de Cunhos, em Vila Real, a frente de obra que considera ser a mais perigosa.

“Dadas as características desta obra, que vai ter 120 metros, vamos estar em parceria com a empresa para que não haja um acidente de maior monta porque os pequenos vão sempre existir. Foi atirada a primeira semente para que não morra nenhuma dos 500 trabalhadores desta obra.”

Entre Janeiro e Junho de 2009 morreram, em Portugal, mais nove trabalhadores da construção civil do que em igual período deste ano.

Escrito por Brigantia