Sindicato admite que foi lapso a dar origem ao protesto contra o Centro Hospitalar do Nordeste

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Seg, 26/10/2009 - 10:33


Está perto da resolução a situação de cinco funcionários dos SUCH (Serviços de utilização Comum dos Hospitais) que não concorreram a uma bolsa de trabalhadores do Hospital de Bragança.  

No dia 20 realizou-se uma reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Restaurantes e Similares do Norte, os próprios SUCH e a Administração do Centro Hospitalar do Nordeste, da qual saiu fumo branco. Em comunicado, o sindicato manifestou esta sexta-feira “a sua satisfação pelo acordo obtido”.

Francisco Figueiredo, porta-voz do sindicato, acredita, por isso, que a situação será rapidamente resolvida.

 

 “Foi possível enquadrar nos quadros do hospital as trabalhadoras que não tinham sido enquadradas antes. Queria manifestar o agrado o sindicato pela resolução desta situação, que se arrastava há vários anos. Foi com o empenho da Administração do hospital, dos SUCH e do próprio sindicato nesta reunião que se encontrou uma solução e as trabalhadoras serão integradas nos quadros nos próximos dias.” 

  António Marçoa, administrador do CHNE, explica que os trabalhadores vão poder concorrer tal como os restantes nove colegas.

 “O que ficou concluído é que esses trabalhadores iriam apresentar os elementos necessários para poderem ainda concorrer à bolsa.”

 No entanto, o administrador hospitalar acusa os trabalhadores de terem causado toda a confusão que se viveu ao longo da última semana, pois sempre foi intenção do Hospital de Bragança fazer contratos sem termo.

 “A notícia que veio anteriormente e a que vem agora do sindicato, não explicita aquilo que realmente ocorreu. A primeira notícia dizia que havia ilegalidade, que o CHNE tinha feito contratos a termo incerto, que havia precariedade. Isso não é verdade. Já na altura tinha dito à Brigantia, e reafirmo, já tinham sido assinados contratos sem termo com esses trabalhadores, pelo que aquilo é rotundamente falso. O facto de não estar este assunto resolvido é imputável aos trabalhadores. Não sei porque não concorreram antes. Isto já podia estar resolvido.”

  Um erro que o próprio sindicato confirma, apontando a terminologia da lei como causadora da confusão. “Há um lapso em termos de informação dos trabalhadores. Subscreveram um contrato sem termo e eles entenderam ser um contrato a termo incerto. Foi um lapso esclarecido nessa reunião. Esta terminologia cria às vezes alguma confusão nos trabalhadores.”

A administração do CHNE garante que a resolução deste problema está perto do fim e que nenhum dos funcionários que concorreram à bolsa de trabalhadores será prejudicado.  

Escrito por Brigantia