Ter, 23/10/2012 - 09:31
Os serviços dos concelhos de Carrazeda de Ansiães, Mirandela e Vila Flor, que até agora eram coordenados por Mirandela, vão ser transferidos para a unidade orgânica de Chaves, enquanto as representações dos concelhos de Freixo de Espada-à-Cinta, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz-Côa, que até agora eram coordenados por Torre de Moncorvo, vão passar para a alçada de Vila Real.O presidente da câmara de Mirandela não compreende a lógica desta reorganização.“Com toda a sinceridade, a gestão ser comandada a partir de Bragança ou de Chaves não me preocupa, mas do ponto de vista regional o mais interessante seria colocar uma sede de um centro de emprego em Mirandela e concentrar todo o Alto Trás-os-Montes”, considera António Branco, pois “esta concentração nem sequer tem uma lógica de Comunidade Intermunicipal porque há concelhos que pertencem a esta organização e que são transportados para outros lugares”.O autarca quer, no entanto, que os postos de trabalho sejam salvaguardados bem como as competências do serviço em Mirandela.“Há que salvaguardar que o centro de emprego de Mirandela não perca qualquer tipo de competências, e que os funcionários continuam aqui sem haver transferências ou mobilidades associadas”, afirma António Branco. Além disso “também queremos saber de quem fica dependente o equipamento”. “Queremos respostas porque fomos surpreendidos com esta lei”, conclui.Procurámos também ouvir o autarca de Torre de Moncorvo, no entanto Aires Ferreira não quis comentar o assunto.Mas as mudanças não ficam por aqui.Os serviços de Alfândega da Fé, Macedo e Cavaleiros e Mogadouro, que até agora eram coordenados por Macedo, passam para a alçada de Bragança.Procurámos ouvir o presidente da câmara de Macedo de Cavaleiros, mas até ao momento não foi possível chegar à fala com Beraldino Pinto.Quem reage através de comunicado é a câmara de Bragança considerando que “a área de influência da unidade orgânica distrital do Centro de Emprego e Formação Profissional de Bragança é territorialmente desintegrada”.Além disso, diz que “não se compreende um sentido de orientação lógica em termos territoriais”.Por outro lado, “considera inaceitável que tenha sido tomada uma decisão político-administrativa sem discussão”.
Por isso, a autarquia da capital de distrito pede ao Presidente do IEFP e ao Primeiro-ministro que seja “reposta a actual área geográfica de intervenção do Centro de Formação Profissional de Bragança”.
Escrito por Brigantia