Qui, 11/09/2008 - 07:44
Depois de ter tomado posse, a prioridade da nova direcção vai para a resolução de questões internas relacionadas com o espólio. A prioridade segundo Sérgio Gorjão “vai ser a arrumação de materiais que estão fora do museu e que precisam de dar entrada nas nossas reservas”. O novo director diz ainda que este processo “implica um trabalho bastante grande por parte de todos os funcionários da casa, não só na transferência dos bens, mas no tratamento, na fotografia e no condicionamento em reserva”. “Algum desse espólio poderá integrar a exposição permanente, mas para já é tentar resolver essa questão que é prioritária”, acrescenta.
No entanto, Sérgio Gorjão confessa que um dos problemas mais complexos é tentar captar mais visitantes ao museu Abade de Baçal, que anualmente regista cerca de sete mil entradas. “Obviamente temos que desenvolver alguma operação de marketing à volta do museu, mais exposições temporárias e mais eventos que façam com que as pessoas se sintam impelidas a ir mais vezes ao museu”, realça Sérgio Gorjão referindo que a mudança “passará por alguma correcção ao nível da sinalética que faz muita falta, porque os turistas acabam por se sentir perdidos e não detectam o museu”. “O número terá que crescer porque é um número ainda bastante modesto”, considera o responsável.
Sérgio Gorjão é agora o director do Museu Abade de Baçal e do Terras de Miranda. Uma acumulação de cargos que, segundo ele, pode trazer vantagens. “ Acho que pode vir a ser útil para ambos esta proximidade, pode trazer benefícios ao museu Terra de Miranda e ao Museu Abade de Baçal apontando público, exposições e fazendo trabalhos em comum”, assinala Sérgio Gorjão sublinhando que “são dois museus que conhecem áreas de património bastante distintas e muito importantes para o distrito”.
Apesar da saída, o antigo director do museu, Neto Jacob, vai continuar ligado à instituição.