Senegaleses presos por falsificação em Bragança

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Ter, 22/09/2009 - 09:23


Dois senegaleses foram presos no último sábado, em Bragança, por tentativa de fraude durante a realização de um exame para obtenção da nacionalidade portuguesa.  

Segundo fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, um indivíduo de cerca de 30 anos tentou fazer-se passar por um familiar, neste caso um tio, para a realização de uma prova de conhecimentos de português, necessária para a obtenção da nacionalidade.

O caso foi detectado durante uma inspecção realizada no último sábado, na Escola Secundária Miguel Torga, em Bragança.

Um dos senegaleses foi detido no final da prova, no interior da escola, enquanto o seu familiar aguardava no exterior para recuperar os documentos de identificação.

Fernando Barros, coordenador da prova de Língua Portuguesa no distrito de Bragança, explica que esta foi a primeira acção do género.

“Vieram os agentes do SEF. Finda a prova, procederam à identificação dos candidatos à prova. Não sei de mais nada. Em Bragança é a primeira vez. Até à data não tinha ocorrido nenhuma acção destas.”

Esta acção de fiscalização decorreu por todo o país.

Em comunicado, o SEF confirma a detenção de 67 pessoas “entre cidadãos de nacionalidade estrangeira e portuguesa, por fraude na identificação aquando a realização do teste” de conhecimentos de português.

Em Bragança, esta prova tem-se realizado de três em três meses.

No último sábado eram 15 os candidatos presentes na Escola Secundária Miguel Torga.

Segundo explicou o coordenador destes exames no distrito, os candidatos têm de se apresentar o passaporte ou título de residência.

“O candidato deve fazer-se acompanhar de um documento com fotografia. Ou o passaporte ou o título de residência. Qualquer candidato que se apresente à prova sem um desses documentos, não pode realizar a prova.”

Segundo informação do SEF, os dois indivíduos detidos são residentes legais em Portugal.

Enfrentam agora acusações de falsificação de documentos, cuja moldura penal prevê uma pena até cinco anos de prisão, e de usurpação de identidade, que prevê até três anos de prisão.

Escrito por Brigantia