Ter, 18/08/2009 - 10:05
À saída do tribunal, criticou as exigências suplementares feitas aos candidatos independentes, relativamente aos que têm apoio dos partidos.
“Todo um processo de candidatura de cidadãos eleitores independentes é extraordinariamente difícil. Deixo uma crítica a quem fez a lei, que mais não teve em vista do que proteger o status quo dos partidos e dos grupos que estão instalados e dificultar ao máximo a vida a pessoas que pretendem intervir fora do espaço partidário.”
Humberto Rocha apresenta ainda candidaturas às principais freguesias do concelho de Bragança, incluindo as duas da cidade.
Depois de na semana passada a CDU ter entregue as listas, encabeçadas por José Castro, ontem foi a vez de Guedes de Almeida, pelo CDS/PP, ser o primeiro a chegar ao tribunal, pouco antes das três da tarde. No entanto, a conversa com os jornalistas atrasou-o e foi ultrapassado à entrada pela candidatura de Jorge Gomes, do PS, que acabou por entregar primeiro as listas.
Ainda assim, Guedes de Almeida assumiu a intenção de “ganhar”, explicando que a junta de freguesia da Sé é a única à qual apresenta lista e só para provocar o PSD.
“Sim, esta candidatura tem uma leitura. Sou militante do PSD”, diz, explicando que o CDS/PP simpatizou com o seu programa eleitoral.
Aproveitou para deixar acusações: “Quem tomou a acção política para bloquear a minha candidatura foi precisamente o presidente da junta da Sé (presidente da concelhia) e o presidente da câmara (presidente da mesa de secção concelhia). Portanto, havia aqui um jogo de combinação entre ambos que defendia mais os interesses pessoais do que os interesses dos concelhos.
Já da parte do PS, das 49 freguesias do concelho, duas ficaram sem lista, Rio Frio e Serapicos. Uma situação que Jorge Gomes explica pela “exigência” da sua candidatura.
“Temos já algum grau de exigência para as nossas listas e não o fazemos só para cumprir calendário.”
Entretanto, o Bloco de Esquerda também entregou as listas, na esperança de eleger um vereador. Liliana Fernandes, professora do primeiro ciclo, é a cabeça de lista.
E se há quatro anos, o Bloco apenas se apresentou às urnas em Bragança, este ano concorre em seis concelhos do distrito: Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães e Miranda do Douro.
O PSD foi o último partido a formalizar a candidatura, por volta das quatro da tarde. À saída, Jorge Nunes, o actual presidente da câmara e candidato a um quarto mandato não quis prestar declarações. Na sua lista, a única alteração prende-se com a saída de Machado Rodrigues da presidência da Assembleia Municipal, por troca com Luís Afonso.
Todos os candidatos constataram ainda a crescente desertificação das freguesias do concelho, que nalguns casos dificultou a elaboração das listas.
Escrito por Brigantia
