Seg, 28/07/2008 - 09:06
Este tipo de resíduos representam cerca de 200 mil toneladas por ano em toda a região de Trás-os-Montes e Alto Douro e ainda não há um local para os despejar.
Daí que seja frequente encontrá-los nas bermas de caminhos e estradas da região.
Só que a última legislação para o sector da construção civil obriga a que no processo de licenciamento seja indicado o fim que vai ser dado aos resíduos.
Daí que Ricardo Magalhães veja aqui uma grande necessidade de soluções de recolha e tratamento, soluções que terão de passar pela reutilização.
“Não acredito que haja soluções de recolha, de reciclagem e valorização” destes materiais. “A nós não nos interessa que eles sejam colocados em aterros de inertes” salienta. “O que importa é transformar os resíduos em novos produtos porque só assim é que há valorização económica”, defende o Chefe de Projecto da Estrutura de Missão do Douro.
Ricardo Magalhães não acredita em soluções municipais, pois não teriam claramente rentabilidade.
E sendo assim, as empresas que venham a surgir com esse fim, terão de ser ajudadas pelo Governo. “A administração pública tem de ajudar a criar condições para que surja uma actividade económica no negócio da recolha”.
Sobre esta temática dos resíduos da construção civil, vale a pena lembrar que a Câmara de Moncorvo chegou a criar um local para serem despejados, mas viria a ser multada em 7.500 euros pelo Ministério do Ambiente, pelo facto de não estar legalizado.
Uma situação que o autarca, Aires Ferreira, acatou, embora não a entenda. “Era uma coisa relativamente artesanal num sítio onde ninguém vê e que nós íamos ocultando, mas apareceu um agente mais zeloso” recorda o edil.
O autarca de Moncorvo espera que seja encontrada uma solução para os detritos da construção civil e demolições, sendo que o ideal é que possa passar pela geração de uma nova actividade económica de recolha e reutilização.