Qui, 24/11/2022 - 10:20
Todos os concelhos do distrito de Bragança perderam gente na última década. São estes os resultados definitivos dos censos realizados no ano passado.
Os dados finais indicam que há, no total, um decréscimo de 13 mil e 448 residentes e que a região tem 122 mil e 804 habitantes.
Este é um dos maiores distritos portugueses e nele, em 2011, vivam 136 mil e 252 pessoas.
Refira-se ainda que estes resultados definitivos mostram que se perderam mais 44 pessoas que aquilo que apontavam os resultados provisórios, divulgados em Junho de 2021.
A maior redução de população regista-se no concelho de Torre de Moncorvo, com 20,42% de perda populacional. A seguir surge Alfândega da Fé, com uma perda de 15,34%. Freixo de Espada à Cinta perdeu 15% da população ali residente. Vinhais apresenta uma redução de 14,32%. Carrazeda de Ansiães de 13,86%. Miranda do Douro de 13,62%. Mogadouro perdeu 13% da população. Vimioso tem um decréscimo de 11,14% dos residentes e Vila Flor de 9,66%. Os três concelhos mais populosos, Bragança, Mirandela e Macedo de Cavaleiros também perderam gente. Mirandela perdeu 10,32% da população. Macedo perdeu 9,67%. E Bragança, que era o único concelho com um resultado positivo, perdeu 2,15% da gente que tinha.
De acordo com os dados definitivos dos Censos 2021, divulgados esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística, pela segunda vez desde que há recenseamentos gerais no país, a população de Portugal sofreu uma quebra. Há menos 2,1% de população no país, comparando com 2011.
Conforme se lê no relatório publicado pelo INE, "este valor traduz uma inversão na tendência de crescimento da população a que se assistia nas últimas décadas e representa a segunda quebra populacional registada desde 1864, ano sem que se realizou o I Recenseamento Geral da População".
A última quebra registada foi em 1970, fruto da emigração na década de 60.
Os resultados definitivos apontam para um reforço do "padrão de litoralização do país e de concentração da população junto da capital" já que 20% da população vive em apenas 1,1% do território português.
Escrito por Brigantia