Requalificação de estrada com orçamento reduzido a metade

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Seg, 15/06/2009 - 08:20


A reabilitação da Estrada Nacional 315 entre Rebordelo e Mirandela não será como estava inicialmente prevista. Quem o denuncia é Adão Silva.  

O deputado do PSD, eleito por Bragança, classifica de tremenda injustiça e um verdadeiro embuste o que está a ser feito aos transmontanos.

Adão Silva diz que houve alterações significativas entre o que estava previsto aquando do concurso público e após a consignação.

 

São 30 quilómetros de requalificação, mas o deputado laranja diz que há uma redução de 10 para 5 milhões de euros no custo total da obra e que dessa forma a estrada nacional que liga Rebordelo a Mirandela vai continuar a ser uma via perigosa, com curvas apertadas, sem a segurança e a comodidade que inicialmente se previa.

Adão Silva lembra que o concurso foi feito com determinadas características técnicas “como é o caso da largura do pavimento com 9 metros, tinha pistas de acelaração e desacelaração que dão comodidade e segurança, bem como espaços para paragem dos autocarros laterais à estrada e corrigia várias curvas”.

 

Agora que a obra foi adjudicada “essas características já lá não estavam pois em vez de 9 metros passava a 6 de largura, não havia corte de curvas e o resto também saltou fora”.

Para o deputado “isto é muito mau porque a previsão de despesa era de 10 milhões de euros e agora o custo é de cinco milhões e vamos ficar com uma estrada ainda mais perigosa que pode converter-se numa situação de armadilha” refere.

 

Para Adão Silva, estas decisões contrariam o caderno de encargos submetido a concurso, pelo que o deputado laranja acusa o Governo de mentir aos transmontanos. “Há aqui um exercício de mentira porque é feito um anúncio fantástico e depois no momento de efectivar a obra, o Governo recua ao retirar financiamento, qualidade e segurança” afirma.

 

Adão Silva já solicitou explicações sobre estas alterações, através de um requerimento dirigido ao Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

Escrito por CIR