Região transmontana prejudicada com novo regulamento da caça

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Qui, 31/07/2008 - 08:18


O novo regulamento para o funcionamento das zonas de caça municipais é penalizador para a região. Quem é o diz é a Federação das Associações de Caçadores da 1ª Região Cinegética que pede medidas de excepção para Trás-os-Montes e Alto Douro.  

A medida introduzida pelo novo regulamento relativamente às inscrições dos caçadores é principal alteração contestada.

“Este novo regulamento não autoriza a emissão de autorizações de caça a caçadores que não se inscrevam dentro do período previsto” explica Raul Fernandes, da Federação das Associações de Caçadores da 1ª Região Cinegética. Uma situação que segundo ele “isto implica uma inscrição com muita antecedência e feita à distancia”, isto porque a maioria dos caçadores que vêm à região são oriundos do litoral do país.

 

Raul Fernandes indica ainda os problemas que esta alteração pode trazer para Trás-os-Montes, uma vez que “se não se vendem as jornadas de caça, não há receitas, o que limita o investimento na gestão das áreas” afirma. Por outro lado, “há uma redução drástica do fluxo e caçadores porque se não vêm caçar não se deslocam à região” e aí há mais prejuízos “para actividades, no âmbito económico, como é o caso da restauração, afectando a venda de produtos regionais” avança.

 

Estes problemas foram apresentados pela Federação na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, através da Confederação Nacional dos Caçadores Portugueses e pedindo alteração desta medida, ou até medidas de excepção para a região. “Já aconteceu mais vezes em regiões que se viram prejudicadas com determinadas medidas” e por isso Raul Fernandes entende que a solução para este problema “poderá passar por uma situação dessas porque esta medida afecta sobretudo esta região porque os caçadores que aqui vêm são sobretudo do litoral norte e centro”, refere.

 

As zonas de caça municipais representam cerca de 63% da área cinegética de Bragança e Vila Real.