Rato não existe

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Qui, 09/07/2009 - 11:38


Afinal o rato de cabrera não é problema para a construção da estrada entre Outeiro e Vimioso, alternativa à EN218.O Ministério do Ambiente diz agora que não há registo da existência dessa espécie naquela zona.  

A notícia é avançada pelo JN adiantando que a presença do roedor não passa de uma mera possibilidade.Segundo o Ministério do Ambiente, que cita o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, “não há registo de populações dessa espécie na zona de implantação do projecto, o que existe é uma listagem que referencia a possibilidade de a espécie existir”. 

Em 2006, os autarcas de Vimioso e Miranda do Douro foram informados pelo presidente do então Instituto de Estradas de Portugal que o ICNB terá levantado problemas à viabilização do traçado por causa da existência de uma colónia de ratos.

Aliás, o estudo de viabilidade do projecto recomendava mesmo a realização de um estudo de impacte ambiental dada a possibilidade de haver ratos de cabrera no circuito junto a Pinelo.

 

Mas segundo o Ministério do Ambiente, o projecto nunca foi objecto de estudo de impacte ambiental, em fase de estudo prévio.

A nova estrada poderia interferir com a proximidade do Rio Maçãs e por isso o ICNB fez parte da comissão de avaliação, mas o Ministério do Ambiente diz que “nada é referido sobre o rato de cabrera”.

O presidente da câmara de Vimioso sente-se indignado e diz que alguém está a mentir.

“Ou está a mentir o ICNB ou a Estradas de Portugal porque nós temos aqui a ofícios a dizer que o ICNB diz que há potenciais problemas na execução da ligação face à existência de uma colónia de ratos” refere José Rodrigues. “Isto é revoltante” acrescenta.

 

O autarca contesta também o argumento apresentado pela Estradas de Portugal que dava conta de avaliar a necessidade do investimento devido aos elevados custos que representava. “Vêm dizer que não é viável economicamente uma estrada que vai fazer a ligação de quatro concelhos à capital de distrito e é viável uma terceira ligação entre Lisboa e Porto?” questiona. “Isto há aqui dois pesos e duas medidas” conclui.

 

José Rodrigues está convicto que foi a falta de vontade política que determinou a não concretização do projecto.

Escrito por Brigantia