Rastreio do cancro da mama a largado a aldeias

Segundo Joaquim Albuquerque o principal problema do diagnóstico está no facto de a população feminina se apresentar dispersa no território.

“Como Nordeste Transmontano tem uma população muito dispersa, parece que tem sido um bocado difícil fazer o rastreio do cancro da mama, por isso, devem realizar exames periódicos englobando o maior número possível de mulheres dentro de um determinado grupo etário” refere.

O especialista propõe, por isso, que sejam feitos rastreios através de unidades móveis que percorram os espaços rurais, de forma a abranger o maior número possível de mulheres.

“Haverá um carro que irá fazer os exames em vários sítios. Provavelmente não é possível ir a cada aldeia, mas centraliza-se numa aldeia onde os médicos o pessoal de saúde irão fazer os exames cuja leitura será feita no Hospital de Bragança” explica.

De recordar que o Centro Hospitalar do Nordeste estabeleceu um protocolo com o Instituto Português de Oncologia do Porto para que todos os casos de cancro possam ser tratados na região.

Neste caso, foi criada uma unidade de patologia de mama que já acompanha dezenas de mulheres.

Este serviço deverá ser centrado sobretudo na unidade hospitalar de Mirandela.

“É uma patologia que pode ser tratada com regimes de internamento curto e preferencialmente será uma unidade a desenvolver em Mirandela pela sua estrutura física e reservaremos para Bragança situações mais complexas que necessitem por exemplo de cuidados intensivos” adianta director do serviço de cirurgia.

António Ferrão acrescenta que para evitar a deslocação de doentes a Vila Real ou ao Porto, a unidade de patologia de mama está a ser divulgada junto dos médicos de família para que o encaminhamento seja feito para o Centro Hospitalar do Nordeste.

“Nesta altura ainda estamos a cativar os colegas da medicina familiar para não desviarem as doentes de patologia da mama para outros hospitais, dando-lhes a conhecer esta unidade” afirma.

A equipa médica da unidade é agora constituída por quatro cirurgiões, depois de recentemente ter sido contratado mais um clínico.

Escrito por Brigantia