Sex, 24/07/2009 - 19:44
“De facto verificamos que há algum desleixo, alguma falta de cuidado, na guarda das armas de caça”, diz Amândio Correia, revelando que “tem havido alguns furtos das próprias casas e mesmo das viaturas”. “Chegámos à conclusão que, nalguns casos, os caçadores são bastante desleixados, deixando ficar de um dia para o outro, por exemplo, a arma no carro. E tem havido alguns furtos de armas de caça, que na maior parte dos casos entrarão no circuito ilegal de armas. Serão armas que aparecem depois no crime, as de cano serrados, que na altura estão transformadas e não é possível saber de onde vieram”, sublinhou.
O comandante Amândio Correia deixa ainda um alerta aos caçadores quanto à renovação das licenças das armas.
“Ainda encontramos muita gente que se esquece da data de renovação da licença e deixa passar. A partir de agora vamos ter de aplicar mesmo a lei, isto é, quem for depois da data limite pode ser alvo de uma coima e quem exceder os 180 dias está a cometer um crime, tem a arma em situação ilegal, pode ser detido imediatamente e presente à autoridade judicial ou elaborado um auto de notícia e ser julgado também.”
Amândio Correia sublinhou ainda a ausência de crimes com armas de fogo, este ano, em Bragança.
Este seminário serviu ainda para esclarecer algumas alterações recentes à lei das armas.
Nuno Gonçalves, Procurador da República, diz que os testes de alcoolemia afinal não são para todos os caçadores.
“O transporte das armas quando se está sob o efeito do álcool ficou muito clarificado e mais facilitado do que o que estava, que me parecia excessivo”, explica o Procurador, garantindo que agora os acompanhantes do condutor de uma viatura “não deve ser submetido ao teste de álcool, desde que não levem a arma carregada ou municiada”. Por isso, deve “ir desmontada, ou com um cadeado ou com um mecanismo qualquer que impeça que seja disparada”.
Os caçadores compareceram em massa a esta seminário. Edgar Bragada foi um deles e sublinha que muita gente desconhece as normas de segurança.
“Seminários como este fazem-nos falta porque há muita gente a lidar com armas que não sabe lidar com uma arma. O maior problema é a segurança das armas porque a maior parte dos caçadores não sabe sobre o uso dos aloquetes e o facto de terem de andar com o saco das armas”, referiu.
A lei das armas ainda a suscitar muitas dúvidas entre os caçadores.
Escrito por Brigantia