PSD de Vinhais exige que autarca peça desculpa aos professores

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Sex, 16/01/2009 - 16:44


O presidente da concelhia PSD de Vinhais exige que o autarca local faça um pedido formal de desculpas aos professores do concelho pelas críticas que ontem lhes dirigiu.  

Os sociais-democratas entendem que as declarações de Américo Pereira foram infelizes quando acusou os docentes de não comparecerem no trabalho por causa da neve e do gelo na estrada que segundo o autarca estavam perfeitamente transitáveis.

O PSD diz que o presidente da câmara é o principal responsável pela situação pois em vez de ter gasto 75 mil euros na aquisição de uma viatura de alta cilindrada para a autarquia devia ter investido num limpa-neves.

 

“Se ele diz que Vinhais é um dos concelhos onde mais neva no país, é estranho que não exista um limpa-neves” refere o presidente da concelhia PSD. “Se ele teve 75 mil euros para dar por uma viatura para ele passear, não teve dinheiro para comprar um limpa-neves” critica Carlos Costa.

 

O líder político acrescenta que alguns alunos tiveram de ser transportados de tractor porque a autarquia exigiu que houvesse fossem para a escola. “Ele diz que os alunos todos foram para a escola mas isso não é verdade e o próprio presidente enviou um mail às escolas a dizer que não ía haver aulas por causa do mau tempo” afirma Carlos Costa.

A concelhia social-democrata considera que as crianças de Travanca foram postas em risco porque “tiveram de se deslocar num tractor porque ele exigiu que o transporte as fosse buscar” denuncia.

 

O conselho executivo do agrupamento de escolas de Vinhais diz que as criticas do presidente da câmara aos professores do concelho foram precipitadas e inoportunas.

Em comunicado, o conselho executivo reage às declarações de Américo Pereira dizendo que houve apenas dois dias em que as escolas do concelho estiveram fechadas.

 

“Na sexta e na terça não houve aulas porque não havia condições para os alunos irem para as escolas” refere Rui Correia, o presidente do conselho executivo do agrupamento de escolas, acrescentando que “ontem e na quarta os professores que tinham de se deslocar não quiseram arriscar porque as condições não eram propícias” mas apesar disso acabaram por chegar, embora mais tarde.

Escrito por Brigantia