Seg, 12/07/2010 - 11:27
Em conferência de imprensa, que decorreu na última sexta-feira, o presidente da Concelhia alfandeguense social-democrata diz o PS deixou de se preocupar com as crianças, depois de há oito anos ter estado contra a transferência dos alunos para um pólo escolar.
“No Conselho Municipal da Educação aprovou os novos circuitos, a grande maioria vão ser feitos em transportes públicos com excepção de três, que vão ser feitos por carros da câmara. Em 2002, a câmara PSD adiquiriu dois mini-autocarros e uma carrinha para esse transporte. Não sabemos o que lhes vão fazer”, começou por dizer.
Artur Aragão vai mesmo entregar uma proposta na próxima assembleia municipal para alterar esta situação, porque considera que está em causa “a segurança das crianças”. “Adquirimos os carros, colocámos cadeirinhas, os cintos. Por aquilo que sabemos, só vão ser colocadas as cadeirinhas e as crianças de seis, sete anos, vão vir no mesmo autocarro que adolescentes de 16, 17 anos e que a população em geral. Logicamente que acompanhadas por um vigilante mas sem condições de segurança”, alega.
Mas Berta Nunes, a presidente da câmara, garante que a alegada falta de segurança das crianças não vai existir.
“Claro que isso não é verdade. Alterámos o itinerário dos transportes porque o que acontecia até aqui era uma organização desorganizada. A uma mesma aldeia chegavam a ir três transportes, da câmara, da Santos e da Misericórdia. Era uma forma de gastar dinheiro e foi por esse tipo de situações que chagámos a esta situação financeira. Falámos com as associações de pais e com os próprios pais e vamos racionalizar os itinerários. As crianças, em alguns itinerários, virão em transportes públicos, mas de acordo com a lei, acompanhadas de funcionários da autarquia, com lugares marcados, com cintos de segurança, de acordo com a lei.”
Berta Nunes garante mesmo que a forma como a autarquia está a organizar o transporte dos alunos de Alfândega da Fé até vai aumentar a sua segurança.
Mas o presidente da concelhia do PSD não se conforma e aponta mesmo uma situação que considera discriminatória.
“O circuito que engloba os Cerejais engloba Vilar Chão, Parada, Sardão, Sendim da Ribeira e Cerejais. As crianças de Vilar Chão, Parada, etc, vão vir em transporte público mas quando passarem nos Cerejais vão ver que os seus dois colegas virão em transporte da câmara. Isso é uma discriminação.”
Uma ideia também rejeitada pela presidente da câmara, eleita pelo PS.
“É evidente que não é uma questão de discriminação. Nessa aldeia em concreto há uma criança da pré-primária e a câmara tem de ir lá buscá-la. E também há uma do ensino básico. Por isso, não estamos a gastar Maios dinheiro, até estamos a poupar um passe. Não é discriminação, é simplesmente gerir com algum rigor, o que não acontecia antes. E o PSD, antes de falar, devia olhar para aquilo que fez nos últimos oito anos.”
O assunto vai voltar a ser discutido na Assembleia Municipal do próximo sábado.
Escrito por Brigantia