Sex, 04/02/2011 - 16:24
O líder do grupo socialista na assembleia municipal de Mirandela está preocupado com a rapidez com que este processo da constituição da Unidade Local de Saúde de Bragança está a ser gerido e tendo em perspectiva apenas a óptica da poupança.
“Era sabido que o grupo socialista da assembleia municipal defendia uma Unidade Local de Saúde a nível da Terra Quente e de repente aparece isto sem se discutir e sem se falar com os interessados, numa óptica sempre da poupança” critica, acrescentando que “o paradigma tem de ser os utentes que necessitam dos cuidados de saúde”. “O enfoque na poupança preocupa-me imenso” salienta.
Baltazar Aguiar receia mesmo que esta reorganização dos serviços de saúde no distrito, feita desta forma, sirva para encobrir os prejuízos acumulados pelo Centro Hospitalar do Nordeste.
“Eu temo que este projecto não seja mais do que encobrir os prejuízo dos 10 milhões de euros do CHNE. Criaram prejuízos e maus serviços de saúde no CHNE e agora preparam-se para fazer o mesmo nos centros de saúde” denuncia.
Ao contrário do que está previsto, o PS de Mirandela, em vez de uma, defende antes a criação de duas unidades locais de saúde para o distrito “uma para a Terra Quente e outra para a Terra Fria porque temos de ter em conta a dimensão do distrito”.
E para reforçar este argumento, Baltazar Aguiar cita um exemplo. “Matosinhos tem uma ULS para 60 km2. O distrito de Bragança tem 6608 km2, é 100 vezes maior” refere.
Não uma, mas antes duas Unidades Locais de Saúde para o distrito de Bragança é o que defendem os socialistas de Mirandela.
Escrito por CIR