Sex, 14/03/2008 - 09:26
“A nível do norte é talvez ou segundo ou terceiro centro de emprego que tem maior aptidão para este tipo de iniciativas e desta forma de criar empresas” refere Ilídio Rodrigues, director do Centro de Emprego de Bragança. “Estamos a falar de pequenas iniciativas, com cinco postos de trabalho no máximo, onde a burocracia não é muita e são candidaturas que eu próprio posso aprovar” acrescenta, o responsável.
O Centro de Emprego de Bragança recebeu 273 estágios profissionais em 2007.
Mas há outras saídas profissionais para quem procura emprego, como é o caso do empreendedorismo.
Os projectos são comparticipados em cerca de 40% e por isso, para Ilídio Rodrigues, criar uma empresa “ é uma solução” para quem está à procura de emprego, pois na “Administração Pública as entradas estão congeladas e por isso os licenciados, sobretudo das áreas sociais, têm de se socorrer de outras saídas”. A criação de uma empresa própria implica “algum risco mas não é tanto quanto isso” afirma Ilídio Rodrigues “mas obviamente que temos de ter projectos credíveis e desde que tenham viabilidade económica e financeira terão seguramente o apoio do Centro de Emprego” garante o director. Segundo Ilídio Rodrigues, a área de Engenharia Florestal e do serviço social, são as áreas mais indicadas para projectos de empreendedorismo.
Na Escola Superior Agrária de Bragança decorreu ontem um debate sobre o tema.
Isabel Maria Pires, directora do Centro Social de Santa Catarina, em Bragança, deu o exemplo do que significa lançar um negócio próprio. “Fui a primeira pessoa a vir com a ideia de um lar privado para Bragança e foi muito complicado mas superei e tive apoio dos órgãos de gestão administrativa” conta.
No final da palestra os alunos mostraram-se satisfeitos com as dicas apresentadas pelos diversos intervenientes. “Convém sabermos estas coisas porque nunca se sabe o dia de amanhã”. “Ficamos a saber como devemos agir, como nos comportar e as atitudes que temos de tomar”. Outros referem que a possibilidade de ocorreram “muitos entraves” pode levar “facilmente a desistências”