Projecto de inclusão dos Santos Mártires já ajudou na criação de emprego

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Qui, 01/07/2010 - 10:55


O projecto de inclusão social levado a cabo pelo Centro Social e Paroquial do Santos Mártires, em Bragança, já ajudou duas pessoas a criar o próprio trabalho.

O projecto, aprovado no âmbito dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social, está a ser executado desde Janeiro e ontem inaugurou um espaço próprio para atendimento.

Em meio ano, ajudou um homem, na casa dos 40 anos, a criar uma empresa que presta serviços na área da construção civil com recurso ao micro-crédito.

“Há um senhor que já tem experiência na pintura dos edifícios e devido às suas dificuldades financeiras não consegue criar a empresa. Foi fazendo algumas pinturas e decidi que ele já tinha um volume de trabalho suficiente e propus à Agência Nacional de Direito ao crédito que o senhor avançasse com micro-crédito. Se for aprovado, obterá um apoio de 4500 euros”, explicou Vítor Costa, economista do projecto, que fala ainda de outra empresa constituída por duas mulheres em situação desemprego e que apresenta uma vertente inovadora.

“Do meu ponto de vista, é inovador. Um pronto-a-vestir, elas concebem o desenho e fazem o vestido. Se corresse bem, estavam a pensar na criação de um site, aonde as pessoas iam lá e podiam conceber e indicar o modelo que pretendiam. Depois só tinham de ir à loja levantá-lo.”

O projecto pretende ajudar a população de algumas zonas problemáticas do concelho de Bragança a desenvolver competências pessoais e sociais.

Para tal têm sido feitas várias acções de formação.

Carla Pires, coordenadora do projecto, faz um balanço deste meio ano de funcionamento.

“Já fizemos 106 atendimentos, dos quais 38 são famílias, já fizemos reencaminhamentos para a Segurança Social, e 21 pessoas reencaminhadas para o Centro de Formação. Trabalhamos com os nossos parceiros e já temos 48 protocolos com instituições do distrito de Bragança.”

O padre José Bento, do Centro Social e Paroquial do Santos Mártires acrescenta que na segunda fase do projecto, a aposta vai incidir no espaço urbano.

“Estamos com mais facilidade nas aldeias do que na cidade. Foi mais fácil entrar neste projecto no mundo rural do que no mundo urbano. Vamos fazer uma aposta no mundo urbano, sobretudo no bairro da Coxa e dos Formarigos”, explicou, adiantando ainda que o projecto “não assenta nas questões de dar dinheiro ou compor habitações mas na reconversão da própria pessoa e no mundo urbano há resistência porque mexe com a privacidade.”

 

Na área rural, o projecto abrange as localidades incluídas na Serra da Nogueira.

Escrito por Brigantia