Sex, 29/11/2024 - 16:35
Segundo a deputada do PS por Bragança, o programa contemplava um conjunto de medidas de promoção e desenvolvimento do Interior, nomeadamente melhorias nas acessibilidades, na mobilidade e no emprego, bem como reforço das escolas e instituições de ensino superior.
Isabel Ferreira não está surpreendida com esta posição mas lamenta-a. “Desde o primeiro dia da votação na generalidade, em que não houve uma única palavra sobre o Interior, até a audição na especialidade, sendo que o Ministro Adjunto e da Coesão Territorial também não disse uma palavra sobre o Interior, já não nos surpreende esta actuação. Era importante que continuasse e fosse até reforçado e intensificado o Programa de Valorização do Interior nas diversas vertentes. Se não fosse a proposta do Partido Socialista para a redução das portagens, o Interior era mesmo zero no Orçamento do Estado”.
E diz que não resolve absolutamente nada a proposta aprovada, da Aliança Democrática, para a abertura no Interior de uma delegação da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal. “Não sei se pensavam, com isso, que iam resolver os problemas todos do Interior. Não é abrindo um escritório qualquer, num qualquer território do Interior, que se vai dar continuidade a um programa ambicioso, que era o que estava em marcha. E isso preocupa-me. Preocupa-me também o facto do Ministro Adjunto e da Coesão Territorial, quando questionado directamente sobre as medidas do Interior, ter começado por dizer que isso não era assunto do Orçamento do Estado e que era de fundos europeus. O que, enfim, também é um retrocesso, porque as políticas de valorização do Interior têm que se fazer com diferentes fontes de financiamento”.
A deputada garante que o Interior não será esquecido pelo PS. “Nós vamos continuar a fazer o nosso trabalho na Assembleia da República e da apresentação de propostas em prol do Interior e lamentamos profundamente que esta não seja de todo uma prioridade para o Governo da Aliança Democrática, que prontamente anunciou grandes infraestruturas, todas na área metropolitana de Lisboa”.
Já o deputado do PSD eleito por Bragança, Nuno Gonçalves, criticou a proposta do PS dizendo que é vaga. “A proposta para além de ser vaga não continha nenhuma medida que fosse ao encontro das posições das posições do Interior em termos de concretização”, apontou.
Nuno Gonçalves salientou ainda que vai ser dar continuidade às medidas do Interior que foram implementadas pelo anterior Governo e que é mentira que este Orçamento de Estado não tenha medidas para a região. “No turismo, em que se propõe a concretização do reforço da agenda do turismo para o Interior, nos programas de incentivo à investigação e desenvolvimento, de continuar a reforçar os programas do Interior particularmente ligados à academia e ao sector empresarial, na agricultura e florestas, a majoração das medidas de apoio para os territórios do Interior, requalificação da cobertura com internet fixa, móvel e de alta velocidade, o estudo da ligação ferroviária Matosinhos-Zamora, a passar por Vila Real e Bragança”, enumerou.
A reacção dos deputados da região à proposta do PS chumbada esta tarde pelo PSD, CDS e Chega.
Escrito por Brigantia