Qui, 24/02/2011 - 09:30
O lado positivo destes números, vão para a recolha selectiva que teve um aumento de 8%.
Os números são avançados pela Resíduos do Nordeste, a empresa inter-municipal que gere o sistema de resíduos sólidos do distrito de Bragança e ainda do concelho de Vila Nova de Foz Côa.
Apesar da crise, os transmontanos produzem cada vez mais lixo.
No ano 2010 bateram-se todos os recordes, passando das habituais 55 toneladas, para as 56500.
No entanto, o director-geral da RN, Paulo Praça, está convencido que o corte de salários na função pública e o aumento de impostos que só vai reflectir-se na carteira das pessoas durante este ano, vai permitir a redução da produção de resíduos no final do ano.
“Trabalhamos os nossos estudos com 55 mil toneladas por ano. Em 2010 chegámos às 56 mil toneladas. Num cenário em que não estamos a ganhar população, a produção de resíduos bateu recordes. Com os cortes salariais poderá haver alguma evolução nessa matéria.”
A boa notícia é que houve um aumento de 8% na recolha selectiva, relativamente a 2009.
Os materiais retomados chegaram quase às 4 toneladas, sendo que apenas os metais tiveram um ligeiro decréscimo.
Trata-se de um mudança de comportamento das pessoas que deixa satisfeito Paulo Praça.
“A mudança de comportamento das pessoas é uma realidade, daí a recolha selectiva ter crescido 7,8 por cento. Isso demonstra que as pessoas usam cada vez mais as infra-estruturas.”
O esforço da RN ao nível da recolha selectiva será reforçado este ano com a entrada em funcionamento da unidade de tratamento mecânico e biológico por digestão anaeróbia que vai permitir reduzir significativamente a quantidade de resíduos depositada em aterro para níveis inferiores a 50% do total de resíduos sólidos urbanos produzidos, aumentando a quantidade de materiais encaminhados para reciclagem.
“Esperamos que no final do primeiro semestre deste ano esteja concluída uma unidade de tratamento mecânico e biológico, que irá fazer a separação dos resíduos que colocamos no contentor indiferenciado.”
A nova unidade que vai custar cerca de 25 milhões de euros deve estar concluída no primeiro semestre deste ano.
Entretanto, a Resíduos do Nordeste aposta forte no funcionamento do Roadshow de sensibilização ambiental, uma exposição interactiva móvel que pretende sensibilizar toda a população da área de intervenção do sistema.
“Foi uma preocupação que tivemos nesta unidade móvel, que foi ter em consideração todo o tipo de pessoas, novos e idosos, e procurar ir a todos os locais da nossa região. E que sirva pessoas com mobilidade reduzida e invisuais.”
A primeira localidade a receber esta exposição interactiva móvel de sensibilização ambiental é a vila de Alfândega da Fé, onde ficará até à próxima sexta-feira.
Escrito por CIR
