Processo ao porteiro da escola de Leandro foi arquivado

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Qui, 02/09/2010 - 15:55


Foi ordenado o arquivamento do processo que tinha sido instaurado pela autarquia de Mirandela ao porteiro da escola Luciano Cordeiro, pela saída do Leandro, da escola em pleno horário escolar.  

A criança que veio a falecer, pouco tempo depois, nas águas do Rio Tua.

O presidente da câmara de Mirandela, José Silvano, explica que neste inquérito ficou provado que o porteiro em causa exercia várias funções na portaria.

 

“Uma das quais era atender o telefone, numa cabina ao lado da portaria. Bastava um pequeno descuido para não poder ser responsabilizado pela saída. Ele argumenta que não os viu sair. Não existem provas práticas de qualquer infracção.”

 

José Silvano adianta que deste inquérito resultou ainda que não havia, à data dos factos, protocolo estabelecido para distinguir os alunos que iam almoçar a casa daqueles que não iam.

 

“Ainda por cima, também foi provado no inquérito que à data dos factos não havia nenhum protocolo com o porteiro para distinguir os alunos que iam almoçar a casa.”

 Sendo assim, não existem provas da prática de qualquer infracção disciplinar, tendo sido ordenado o arquivamento do processo uma vez que não existem provas da violação de qualquer dever por parte do funcionário em questão.

O porteiro continua assim a desempenhar as suas funções na portaria da Escola Luciano Cordeiro, em Mirandela, uma das 700 escolas abrangidas pelo programa de videovigilância.

 O inquérito demorou cerca de seis meses a ficar concluído. A culpa, diz José Silvano, é da direcção da escola.

“A decisão demorou porque foi preciso ouvir várias partes e o director da escola só respondeu agora no final do mês de Agosto.”

 De recordar também que, na sequencia do resultado do inquérito instaurando pelo ministério da educação, foi ilibada a direcção da Luciano Cordeiro pela saída do Leandro da escola em pleno horário escolar.

Resta aguardar agora pelas conclusões do inquérito do ministério público, que continua a decorrer.

Escrito por CIR/Brigantia