Qui, 29/04/2010 - 10:09
Pedro Godinho entende que a procura da estrada iria reduzir trazendo consequências negativas sob os efeitos económicos globais.
“Para os níveis de utilização da auto-estada o que é espectável é que um aumento dos troços portajados tenha dois efeitos de sinal contrário” refere, acrescentando eu por um lado, “são os efeitos de redução de congestão trazendo benefícios a quem se mantém a circular”, mas por outro lado “há uma redução do número de pessoas que vão usar a auto-estrada e é espectável que haja um efeito económico negativo”.
Declarações feitas num seminário que decorreu ontem em Bragança no âmbito da Semana Tecnologia e Gestão do IPB.
O mesmo estudo revela que em termos de benefícios, o factor tempo é o mais relevante.
Foram calculados ganhos na ordem dos 1386 milhões de euros para 30 anos.
Pedro Godinho não tem dúvidas que o investimento só vai trazer vantagens para Trás-os-Montes.
“OS benefícios são calculados ao nível do país, mas é espectável que os benefícios sejam concentrados na região de Bragança” afirma. “Esta parte final do IP4 é um bocadinho penosa e até de forma intuitiva é espectável que um investimento destas características permita melhorar e dinamizar economicamente esta região”.
Neste seminário participou também o representante da Auto-Estradas XXI, concessionária da via que revelou que a infra-estrutura vai ter dois centros de apoio e manutenção.
Um em Lamares, Vila Real e outro em Rossas, Bragança, onde ficarão estacionados os três limpa-neves que actualmente a empresa detém.
Sobre este assunto, Rodrigues de Castro adiantou que quando a estrada estiver concluída, será reforçado o número de meios.
“Neste momento temos três e estamos a recorrer pontualmente à Cruz Branca de Vila Real e aos bombeiros de Macedo de Cavaleiros” afirma, acrescentando que “depois vão ser reforçados, mas não sabemos ainda para quantos. A experiência é que depois nos vais dizer”.
Na Auto-Estrada Transmontana vão ser gastos 450 mil metros cúbicos de betão cimento.
Vão ser construídas 161 obras de arte e 22 pontes e viadutos.
Rodrigues de Castro explica que a maior parte dos viadutos já existentes vão ser aproveitados.
“Vamos aproveitar mais do que um viaduto, mas ele só funcionará num dos sentidos e constrói-se outro ao lado” explica.
Na sessão de ontem a concessionária apresentou o mês de Agosto de 2011como prazo para conclusão da obra.
O representante diz que a data mantém-se apesar do impasse causado pela não emissão do visto do Tribunal de Contas.
Mas Rodrigues de Castro acredita que no próximo mês esse problema deverá ficar ultrapassado.
Escrito por Brigantia