Qui, 01/09/2011 - 11:08
Maria Amélia tem 80 anos, foi uma das populares que acabou por contribuir com cinco euros e refere a forma como foi abordada.
“Dei-lhe cinco euros, mas só depois é que pensei no erro”, confessa. “Disse-me que era para dar uma ajudinha as médicos, que era para as cirurgias serem mais rápidas. E entregou-me um papel”, conta.
O papel em causa é do SIGIC (Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, tem o símbolo do ministério da Saúde, mas não tem qualquer menção ao peditório.
Maria Amélia não foi a única a cair.
“Disseram-me que ali outra senhora tinha dado dez euros. Mas quem tem que dar é o Estado, não somos nós, os pobres. Eu depois desconfiei.”
No café da aldeia de Vale Pradinhos não se fala noutra coisa, a não ser no peditório duvidoso.
“Não saiu daqui com mais porque não calhou. Não passou papel nenhum e disse que passava”, diz uma das clientes. Outro senhor diz que “mostram só o papel e não passam nada”. Outra cliente diz que “no centro de saúde também há esse papel e qualquer pessoa o pode agarrar”.
E foi precisamente do Centro de Saúde de Macedo de Cavaleiros que partiu o alerta. Fonte do centro garante que não está a ser feito qualquer peditório para a instituição e que já não é a primeira vez, nem a primeira aldeia de Macedo onde se passa uma história do género.
Também a GNR já tomou conta da ocorrência.
Escrito por CIR