População descontente com obras na rua central de Izeda

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Qua, 16/03/2011 - 09:26


As obras na rua central de Izeda estão a causar descontentamento na vila. A população critica a altura em que a intervenção foi feita e, sobretudo, a falta de passeios, que já quase provocou acidentes.  

A falta de passeios é mesmo a maior critica por parte da população mais envelhecida.

Há mesmo quem se queixe de já quase ter sido atropelado.

“Em vez de arranjarem os passeios ficou tudo cheio de poças, está tudo ao altos e baixos” refere Maria Ângelo, acrescentando que “ainda um dia destes me ía apanhando um carro a mim e ao meu marido porque nem há onde passar”.

“Isto melhorou mas o ideal seria haver passeios sobretudo por causa das pessoas idosas. Ali numa passadeira improvisaram com um tubo de PVC para a água escoar, mas no primeiro dia que choveu armou-se ali uma piscina de água” conta João Calejo.

Já Paulo Cides considera que “as obras deviam ser feitas em tempo quente para abater o solo não era no Inverno”.

 

Parte da intervenção está a cargo da Estradas de Portugal, pois aquela via está incluída na EN 217.

Mas o vice-presidente da Câmara de Bragança, explica que a autarquia aproveitou as obras para renovar também a rede de abastecimento de água. E admite que a obra está incompleta.

“A Estradas de Portugal que contempla o levantamento e recolocação dos paralelos, tendo em conta que o estado da via já inspirava insegurança, mas não contemplou toda a extensão da via, ou seja, as bermas, que incluem os passeios” refere Rui Caseiro. “Atendendo a que essa intervenção está a ser feita de imediato espoletamos um processo tendo em vista a substituição das condutas de água, que já está executado, faltam agora os passeios” acrescenta. Por isso, “já manifestamos junto da EP que a obra está incompleta e o que faz sentido é que tratem também as bermas”.

 

Segundo a EP comunicou à câmara de Bragança, a intervenção nas bermas está já em estudo e será definida mediante o financiamento disponível.

Rui Caseiro admite que a altura do ano escolhida para a intervenção pode não ter sido a melhor, face às condições meteorológicas, mas garante que se a obra não estiver em condições, a autarquia vai pedir responsabilidades.

“Isso acontece muitas vezes no decurso do lançamento das empreitadas, mas há sempre uma responsabilidade por parte de quem executa que aquilo fique em condições independentemente do período em que é feita” salienta. “Se não ficar bem, a obra não é recebida e o empreiteiro vai ter de refazer” avisa.

 

A intervenção a cargo da autarquia, de renovação do sistema público de abastecimento de água à vila custou cerca de 78 mil euros enquanto a reposição dos paralelos, a cargo da Estradas de Portugal, ficou orçada em cerca de 63 mil euros.

Para finalizar os passeios seriam necessários mais cerca de 50 mil euros.

Estas obras já mereceram mesmo discussão na última Assembleia Municipal de Bragança, que foi espoletado por um deputado do movimento independente.

Escrito por Brigantia