População de Sendim em marcha lenta contra fusão do agrupamento de escolas

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Seg, 12/07/2010 - 11:33


Protestar contra a fusão do agrupamento de Sendim com o de Miranda do Douro. Foi com esse objectivo que ontem, cerca de uma centena de carros saiu à rua numa marcha lenta, em Sendim.

David Jantaradas, presidente da Associação de Pais do Agrupamento de Sendim, diz que a revolta da população acontece por temer o encerramento da escola.

 

“Toda a gente teme isso porque, atrás de uma fusão, lentamente e mortalmente vem o encerramento da escola”, sublinhou.

 

O presidente da junta de freguesia Sendim, Aquilino Ginjo acredita que a fusão do Agrupamento pode pôr em perigo a sobrevivência da vila e lembra que esta escola foi uma das melhores do distrito no ano passado.

 

“A nível de exames foi a melhor do distrito. Temos uma escola organizada em que foram gastos 250 mil euros recentemente”, começou por dizer. “E a nível económico muita gente perde com o encerramento porque há professores que vêm de longe e alugam casas, há cabeleireiros, os postos de abastecimento, cafés. Seria o caos para esta vila”, sublinha.

 Quem se juntou ao protesto foi o presidente da Câmara de Miranda do Douro.

Artur Nunes discorda com o momento em que foi decidida a fusão e sublinha que já disso deu conta à ministra da Educação.

 No entanto, o autarca acredita que a escola não vai fechar.  

“Temos a garantia que não vai fechar nada. A única coisa que vai haver é uma gestão do Agrupamento. Não está em causa encerramento de nenhum serviço”, garante o autarca.

 

O protesto estava inicialmente previsto para decorrer ao longo da EN 221, até Miranda do Douro, mas acabou por se ficar por cinco quilómetros, até Fonte D’aldeia.

Escrito por CIR

 Para amanhã está já previsto novo protesto, em forma de vigília, no 20.º aniversário da elevação de Sendim a vila.