Peritos sugerem integração social através da informática

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Sex, 18/06/2010 - 10:27


  Usar as tecnologias de informação para inserir na sociedade os mais necessitados. Essa foi uma das conclusões do Fórum para a inclusão social, que ontem se realizou no Instituto Politécnico de Bragança.

A iniciativa, organizada pela Rede Europeia Anti-pobreza, está inserida no ano Mundial de combate à pobreza.

Glória Jólluskin, da Universidade de Santiago de Compostela, defende que é preciso haver mais investimento na informática para atenuar as dificuldades dos que têm menos oportunidades. E garante que as tecnologias da comunicação têm um papel importante na criação de novas oportunidades.

“Sempre que sirvam para aproximar a população que está em vias de exclusão, mais fragilizada. Há mais possibilidades de aceder a métodos de ensino ou de inserção no mercado laboral”, disse. Glória Jólluskin explica que “deveriam ser as associações a oferecer a possibilidade às pessoas em risco de frequentar aulas que incluam as novas tecnologias. Hoje em dia, as pessoas que não tiveram tanta sorte na vida têm uma grande lacuna e não têm as mesmas oportunidades”.

Ora, no distrito de Bragança, tem havido uma aposta cada vez maior das instituições de solidariedade nos programas de informática.

A garantia é da própria directora regional da Segurança Social, Teresa Barreira.

“Não me parece que estejam em falta. Atribuímos através de subsídios eventuais Muitas associações têm beneficiado de apoios para esta função. Aliás, hoje estão ligados em rede à segurança social e todas estão devidamente equipadas informaticamente.”

Uma das associações que tem trabalhado neste aspecto é a Reaprender a Viver, de Bragança, que no último ano registou um aumento de 30 por cento nos pedidos de ajuda.

Anabela Queiroz, técnica da associação, revela que no concelho de Bragança também tem havido um aumento das dependências.

“A nível de dependências, de alcoolismo e toxicodependência, a taxa é bastante elevada”, diz, salientando ainda o “aumento do desemprego” e a “afluência crescente” ao gabinete de inserção profissional da associação.

A associação reaprender a viver, um dos parceiros da rede europeia anti-pobreza, candidatou-se já a um projecto para a instalação de mais computadores para disponibilizar aos utentes da associação.

Escrito por Brigantia