Qua, 19/08/2009 - 10:51
“Como presidente da concelhia achei estranho. Não é uma boa prática. Devia ser alguém que conhece profundamente o distrito, as pessoas e as populações. Independentemente de ter sido escolhido pela líder do partido, devia ser alguém do distrito, alguém que pusesse em primeiro lugar o distrito e depois o todo nacional. Como presidente da concelhia não posso dizer que fiquei contente porque estaria a dizer uma mentira. O meu sentimento é de desconforto.”
E para evitar situações semelhantes no futuro, defende a remodelação do sistema democrático português.
“Tem que haver uma eleição directa. Ou seja, o cidadão tem que votar directamente no seu deputado, seja ele qual for, para depois poder perdir-lhe responsabilidades. Não posso pedir responsabilidades a ninguém quando se votou no partido A, B ou C. Assim, deveria poder votar não no partido mas no próximo candidato e, desta forma, ter mais responsabilidade para poder reivindicar no hemiciclo. E a própria forma de escolha dos candidatos dentro dos partidos é outra questão que deveria ser debatida internamente.”
Recorde-se que José Ferreira Gomes foi uma escolha imposta pela líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, nas listas às legislativas.
Escrito por Brigantia