Paulo Rangel diz que país não tem capacidade para fazer IP2 e IC5

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Seg, 01/03/2010 - 11:01


O país não tem condições para construir já o IP2 e o IC5. Uma convicção manifestada por Paulo Rangel, um dos três candidatos à liderança nacional do PSD, que passou pelo distrito de Bragança na última sexta-feira.  

“Não é a questão de não concordar, é a questão de planeamento, por um lado, e, por outro, saber se temos condições para levar a cabo todos estes projectos. E como se vai ver com o PEC, talvez não tenhamos”, defende Rangel que, ainda assim, diz que “Bragança ficou aqui acantonada e, assim que houver disponibilidade, merecerá prioridade”.

 

Paulo Rangel garantiu ainda ser uma solução de rotura e o apoio ao Interior do país, nomeadamente aos distritos de Bragança e Vila Real.

 

Perante um auditório cheio, com cerca de 150 pessoas, o primeiro dos quatro candidatos à liderança nacional do PSD sublinhou a diferença entre a sua candidatura e a actual direcção do partido, disse mesmo que é preciso mudar “muita coisa dentro do PSD, nomeadamente em termos de atitude e clareza de projectos”, e desenterrou uma ligação afectiva com a região para pedir os votos dos militantes.

Aproveitou ainda para esclarecer o que o distrito teria a ganhar com a sua vitória.

“Alguém com uma visão da coesão territorial do país muito diferente da dos Governos socialistas e que vai defender o Interior.” Por outro lado, recordou que enquanto deputado europeu, ficou responsável pelos distritos de “Bragança, Vila Real e Porto e, por isso”, acredita ter “uma ligação afectiva especial”, para além das raízes em Alfândega da Fé.

 

Já sobre a escolha do próximo cabeça-de-lista pelo distrito, nas eleições legislativas, Rangel deixa uma garantia.

“Os cabeças-de-lista, têm sempre de ser resultado de uma articulação nacional e distrital. Mas também ninguém pode pensar que podem ser puras emanações regionais porque representa nacionalmente a região.”

Ora, e por causa disso, o líder da distrital laranja, José Silvano, ainda não escolheu quem apoiar.

 

“O que vamos decidir depois de ouvir os três candidatos é isso mesmo, qual o candidato que se for líder do PSD e quiser o nosso apoio, é capaz de reconhecer numa figura da região o tal líder com capacidade nacional e capaz de dar mais ao nacional. Há em Bragança muitas figuras de prestígio nacional que podem ser cabeças de lista”, garante.

Curiosa foi a escolha de Júlio de Carvalho para mandatário distrital da candidatura de Paulo Rangel.

 

É que o militante número 2 do distrito de Bragança apoiou Pedro Passos Coelho na anterior corrida eleitoral.

 “Fui apoiante numa fase em que só havia dois candidatos. Na altura escolhi o melhor, que era o dr. Passos Coelho. Agora escolho o melhor dos três.”

 

O próximo candidato à liderança do PSD a visitar o distrito de Bragança é Aguiar Branco, no final da semana.

Escrito por Brigantia