Paulo Ramalho venceu Rampa de Bragança sob o espectro da crise

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Seg, 28/06/2010 - 10:53


Paulo Ramalho foi o piloto que descobriu o caminho mais rápido até à meta na edição deste ano da Rampa de Bragança, do Nordeste Automóvel Clube.

 

O piloto do Juno não deu grandes hipóteses aos seus 16 adversários. Bastaram-lhe duas das três subidas previstas para garantir o triunfo, que já tinha conquistado em 2008. No final, confessava ter sentido poucas dificuldades, por entre elogios à organização. "Tratam-nos como verdadeiros reis e, por isso, é para repetir para o ano", disse, confessando que não sentiu pressão dos adversários.

Paulo Ramalho gastou um total de 4m49s no somatório das duas subidas ao percurso de cerca de cinco quilómetros. Para além da vitória à geral, conseguiu também vencer na categoria 2, deixando António Barros, em BRC, a mais de cinco segundos.

António Nogueira, em Porsche 911, venceu a categoria 1, apesar de ter sofrido problemas na caixa de velocidades, e Martine Pereira, em Lola T70, ganhou a Categoria 3.

A edição deste ano da Rampa de Bragança, quinta prova do Campeonato Nacional de Montanha, ficou ainda marcada pela fraca afluência de pilotos. Apenas 17 compareceram à chamada do Nordeste Automóvel Clube. Uma situação que, segundo o presidente, António Nogueiro, poderá fazer repensar o evento. "Pena é que sejam poucos participantes", disse, adiantando esperar que "não comprometá" o futuro da rampa. "Não queremos deixar acabar única prova que temos aqui no Nordeste", revelou, confessando que se os pilotos continuarem a diminuir, "é uma questão a considerar". "Esperamos que nunca seja preciso", sublinhou.

O NAC emitiu mesmo um comunicado, antes da prova, garantindo que se não fossem os compromissos assumidos com os patrocinadores e parceiros, o evento teria mesmo sido cancelado.

A corrida estava inicialmente prevista para 19 e 20 de Junho, mas o clube brigantino cedeu a data ao Circuito de Vila Real. António Nogueiro admite que ter duas provas tão juntas pode trazer alguns problemas e ajudar à ausência de alguns pilotos. "Pensamos que às vezes, estar aqui perto, com o equipamento todo, não é tão mau, mas às vezes há avarias que depois os pilotos não têm tempo de reparar de uma prova para a outra."

No entanto, a Brigantia sabe que há conversas com a associação de pilotos dos Clássicos para a disputa do Nacional de Montanha no próximo ano, o que viria a engordar substancialmente a lista de inscritos.