Qua, 14/12/2011 - 15:14
“Acho que depende de conseguirmos minimizar todos os efeitos negativos que a barragem pode ter e depende de consensos. Neste momento não está em causa parar a barragem por causa do galardão” refere Francisco José Viegas.Quando o governante chegou ao museu, já algumas dezenas de representantes de várias organizações de protecção do ambiente se manifestavam contra a construção daquele aproveitamento hidroeléctrico e pela defesa do Alto Douro Vinhateiro Património Mundial. A Quercus, o Geota, a Croaget e o Partido Ecologista “Os Verdes” dispuseram cartazes onde se podia ler “Barragens afundam património. Douro Vinhateiro em risco” e “Douro Património da Humanidade. Vamos preservar e valorizar. Vamos parar a barragem do Tua”.Manuela Cunha, dirigente de “Os Verdes”, aproveitou a ocasião para entregar ao secretário de Estado da Cultura uma prenda comemorativa desta data. “É uma gota de água do Alto Douro Vinhateiro na qual se reflectem os socalcos. Se ele a puser em cima da sua secretária, quando olhar para ela se lembre que não deve virar lágrima chorada em cima de leite derramado quando a classificação for perdida” explica. “Se a barragem for construída não temos duvidas que atrás dela virão outras construções” acrescenta.A Quercus tinha prometido faixas negras para simbolizar o luto que representa uma eventual perda da classificação de Património Mundial, mas a adesão não fui muito grande.“É compreensível porque as pessoas trabalham, nem toda a gente está na Estrutura de Missão do Douro” explica João Branco, da Quercus de Vila Real.
Durante a manhã, no Museu do Douro está ser feito um balanço dos 10 anos do Alto Douro Vinhateiro Património Mundial; durante a tarde Arlindo Cunha e Miguel Cadilhe vão reflectir sobre os desafios que se colocam à região para a próxima década.
Escrito por CIR