Qui, 14/10/2010 - 09:22
O jornal conferiu os números e concluiu que, no conjunto dos sete membros do Conselho de Administração (CA), o Director Clínico, Sampaio da Veiga, é o mais bem pago, com mais de 91 mil euros auferidos em 2009, o equivalente a mais de 7600 euros por mês, acrescidos de 919 euros por ano em subsídio de refeição.
O presidente do Conselho de Administração, Henrique Capelas, em 2009 ganhou mais de 67 mil euros, qualquer coisa como 5640 euros por mês. Aparentemente, está dois mil euros abaixo de Sampaio da Veiga mas, a título de regalias e compensações, o administrador ainda viu os cofres do CHNE contribuírem com 19200 euros para o sistema de reforma do seu lugar de origem.
António Marçôa, o número dois do Conselho de Administração, ocupa o pódio dos mais bem pagos porque, para além da remuneração base, ainda teve direito a mais de quatro mil euros para o sistema de reforma no lugar de origem.
Quanto aos quatro vogais do Conselho de Administração e da Enfermeira Directora, no ano passado receberam 3233, 14 vezes por ano, acrescidos de despesas de representação de 970 euros 12 vezes por ano. Isto é, qualquer um dos administradores teve direito a mais de 4700 euros por mês, mais o subsídio de refeição que oscilou entre os 1002 euros e os 1787, consoante cada um dos membros.
No total, as remunerações dos sete membros do CA ascendem a mais 455 mil euros. Já as despesas com viaturas e combustíveis são o segundo maior encargo afecto ao CA, logo a seguir aos salários. Só em contratos de locação, gastou mais de quatro mil euros em rendas mensais, que variam entre os 821 euros do carro do presidente e os 348 euros dos veículos atribuídos ao vogal Fonseca Cardoso ou da Enfermeira-Directora.
Quanto a combustível, a frota consumiu em 2009 a mais de 19 mil euros, o equivalente a 1600 euros por mês. A maior fatia pertence a Henrique Capelas, com 4800 euros gastos ao longo do ano passado, seguido do director clínico, com 3086 euros.
Na última reunião do Conselho de Ministros foi decidido reduzir de sete para cinco o número de elementos dos conselhos de administração dos hospitais empresa, incluindo o Centro Hospitalar do Nordeste.
Segundo o despacho emanado pelo Governo, as administrações deverão cair, devendo ser novamente nomeadas, com menos dois elementos.
Mas o mesmo despacho deixa em aberto a possibilidade de um dos cinco elementos do futuro Conselho de Administração ser nomeado pela autarquia da sede do Centro Hospitalar, sendo, contudo, um cargo sem remuneração.
Uma vez que o Director Clínico e a Enfermeira Directora têm assento no CA, dos restantes cinco elementos, dois deverão sair. Um número que pode vir a aumentar para três, no caso de a autarquia nomear o quinto elemento.
Escrito por CIR/Brigantia