Onze alunos de Vimioso terão sofrido abusos sexuais

PUB.

Qua, 31/07/2024 - 16:07


Onze alunos do Agrupamento de Escolas de Vimioso sofreram abusos sexuais por parte de outros onze. É a conclusão do Ministério Público, após a investigação a uma alegada sodomização de um aluno, que aconteceu em Janeiro

O Ministério Público esteve, nos últimos meses, a investigar um alegado caso de sodomização, a uma criança, de 11 anos. O aluno do Agrupamento de Escolas de Vimioso terá sido sodomizado por oito colegas, com idades dentre os 13 e os 16 anos, alegadamente, com recurso a uma vassoura. O caso foi denunciado pela Junta de Freguesia de Vimioso e, depois, houve uma queixa-crime, que foi apresentada pela mãe da criança. Contudo, nada ficou provado. Apesar disso, segundo avança a Agência Lusa, o Ministério Público descobriu outros acontecimentos. Onze alunos daquele mesmo agrupamento terão sofrido abusos sexuais, cometidos por outros onze estudantes.

A Lusa teve acesso ao despacho final do Inquérito Tutelar Educativo, que determina a suspensão provisória do processo a nove dos menores, com idades até 16 anos. Para isso estão obrigados ao cumprimento de um plano de conduta, com várias obrigações, como frequentar um programa “a implementar pela Direcção-Geral de Reinserção dos Serviços” Prisionais, com “incidência na sexualidade, respeito pelo corpo humano e privacidade”.

Os factos, relativos a esta descoberta do Ministério Público, ocorreram nos dias 18 e 19 de Janeiro deste ano. Dois dos 11 jovens que participaram do sucedido já tinham, à data, mais de 16 anos, o que significa que podem responder criminalmente. Ainda assim, o Ministério Público determinou, igualmente, a suspensão provisória do processo. Para isso, estes dois alunos têm de cumprir, também, um plano de conduta, que prevê que frequentem o programa da Direcção-Geral de Reinserção dos Serviços Prisionais e que façam trabalho comunitário.

Ainda conforme a Lusa, o Ministério Público diz que, durante os dois dias, houve vários episódios em que os suspeitos agarraram as vítimas, sujeitando-as a toques, gestos e movimentos corporais de cariz sexual.

Segundo a procuradora, os jovens terão agido “em conjugação de esforços, com o propósito de satisfazerem os seus instintos sexuais e libidinosos”.

Os onze alunos ofendidos têm entre os 11 e os 14 anos.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Carina Alves