Seg, 12/04/2010 - 16:21
Mas esta manhã, disse em tribunal que logo que lhe foi solicitada ajuda compareceu na sala de partos, demorando apenas "dois ou três minutos a chegar".
A obstetra acrescentou que nada fazia prever a situação uma vez que estava tudo a correr normalmente, sem qualquer sinal de risco para a mãe ou para o filho.
A mãe da criança espera a condenação da obstetra. “Espero que a médica venha a ser condenada” afirma, acrescentando que “nesta fase ainda não há pedido de indemnização, não foi estipulada quantia” porque se aguarda pelo resultado deste julgamento.
Isabel Bragada refere ainda que “o estado clínico do meu filho é que me dá motivação para continuar, os cuidados que necessita e a despesa que temos com ele”. Além disso espera que “este seja um exemplo para a sociedade de que os médicos não são impunes e temos de acreditar na justiça portuguesa”.
Expectativa contrária tem o advogado de defesa da obstetra.
António Lourenço está convencido que a profissional de saúde será absolvida. “Creio que o tribunal vai apreciar correctamente a prova e esperamos que decida pela absolvição, não tenho dúvidas disso” afirma. “O facto de a médica estar ou não no hospital traduz-se num possível ilícito administrativo que já foi indiciado e sancionado e agora corre um recurso administrativo” acrescenta, salientando que “não deve haver confusão entre os dois casos” ou seja entre “a provável ausência da médica do hospital e as lesões provocadas no Gonçalo”.
Esta manhã só foi ouvida a obstetra.
O julgamento já tem mais três sessões agendadas para 3, 10 e 17 de Maio para serem ouvidas as cerca de duas dezenas de testemunhas arroladas ao processo.
Escrito por CIR