Ter, 28/04/2009 - 08:16
O museu vai ficar situado em pleno centro da cidade de Mirandela.
A câmara decidiu recuperar um edifício emblemático, uma antiga moagem desactivada, para aí instalar o novo equipamento.
Após três anos de paragem, devido a problemas com o empreiteiro, a autarquia mirandelense conseguiu a rescisão do contrato, tomou posse administrativa da obra, abriu novo concurso e entregou a obra a novo empreiteiro.
No entanto ainda foi preciso esperar pelo visto do tribunal de contas.
“Depois de passar este processo burocrático, a câmara abriu um novo concurso, decorreram os prazos normais e já foi obtido o visto do Tribunal de Contas” confirma o vice-presidente do Município de Mirandela.
A fase de construção do museu está orçada em cerca de 600 mil euros, sendo que o equipamento a instalar no interior será alvo de uma candidatura a fundos comunitários.
Recorde-se que, devido a este atraso na conclusão da obra, perderam-se os fundos comunitários que estavam previstos.
No entanto, António Branco revela que, como o museu da oliveira e do azeite será um dos núcleos do museu do Douro, poderá ser incluído no novo programa de financiamento.
Por isso, o vice-presidente do Município de Mirandela está optimista quanto à possibilidade deste projecto ser financiado no âmbito do novo QREN. “Nós perdemos as verbas comunitárias que tinham chegado” revela António Branco, garantindo, no entanto, que o projecto “será incluído nos núcleos dos museus do Museu do Douro e num novo programa de financiamento”.
António Branco não tem dúvidas quanto às mais valias que este projecto pode trazer para o concelho e para a região.
Neste museu está perspectivado um pequeno bar onde vai servir-se azeite e saladas onde se podem utilizar diversos tipos de azeite. “É fundamental para os turistas levaram mais sobre a identidade local e conhecimento da região”.
No espaço museológico, surge um lagar tradicional, um pátio com uma oliveira cuja iluminação vai proporcionar uma visão diferente.
Ainda ao nível do rés-do-chão, vai ser criado um espaço para expor diversos utensílios ligados à apanha da azeitona, cestos e varas, por exemplo, e ao seu fabrico tradicional.
O espaço será sonorizado com cantigas tradicionais ligadas à actividade e decorado com imagens de grande dimensão ligadas aos diversos ciclos da produção do azeite.
No primeiro andar vão ser criadas seis secções, cada qual com um tema ligado ao aproveitamento do azeite, como a gastronomia, a iluminação e aquecimento, a perfumaria, a medicina, e outros.
Está ainda previsto um pequeno auditório com 50 lugares.
Escrito por CIR