Qua, 31/12/2008 - 10:00
Júlio Meirinhos, da Região de Turismo do Nordeste Transmontano, diz que há uma “retracção das taxas de ocupação este ano”. Segundo o responsável “há alguns receios devido à linguagem permanente de crise e por esse motivo sentiu-se da parte de muitos hoteleiros que houve um decréscimo”. Por isso, Júlio Meirinhos não hesita em considerar 2008 como “um ano cinzento” uma vez que “ainda há muitas unidades livres para a passagem de ano, o que já não acontecia há muitos anos”.
Júlio Meirinhos admite, no entanto, que haja estabelecimentos com lotação esgotada para a noite de hoje. “Ficamos felizes por haver unidades de referência que estão lotadas”, congratula-se. De acordo com o mesmo “a promoção tem sido grande sobretudo no SPA de Alfândega, mas na generalidade da região de turismo há ainda muitos vazios nas ocupações para passagens de ano”.
O Hotel SPA Alfandega da Fé, pela primeira vez como cenário de noite de passagem de ano, passa então ao lado da crise hoteleira.
O empreendimento está com lotação esgotada. João Carlos Figueiredo, o presidente da câmara alfandeguense, confessa que “as expectativas superaram o perspectivado”. O responsável explica que a unidade “tem todo o alojamento lotado em termos de dormidas, só havendo vagas ainda para o jantar”. Ainda segundo o presidente da câmara, houve mesmo a necessidade de estabelecer algumas parcerias com algumas unidades perto do Hotel SPA para fazer face à falta de quartos.
Também como vem sendo habitual ao longo dos últimos anos, as “casas-retiro” do Parque Natural de Montesinho vão estar todas ocupadas esta noite.
Duarte Figueiredo, do departamento de turismo do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, acredita por isso que o turismo de natureza veio para ficar.
“É algo relativamente tradicionais as casas do parque natural de Montesinho terem uma grande procura especialmente na passagem de ano e estão já todas elas lotadas”, revela o responsável. “Há uma tendência conhecida já dos operadores turísticos de crescimento sustentado do turismo de natureza”, justifica Duarte Figueiredo.
Apesar de um decréscimo que oscila entre os 3,4 e os 5,8 %, segundo as estatísticas da Região de Turismo do Nordeste Transmontano, vai haver casa cheia em muitas unidades hoteleiras.
Escrito por Brigantia