Qua, 20/02/2008 - 09:17
A tendência de redução dos nascimentos continua a acentuar-se, pois o ano de 2007 registou o mais baixo número de partos. Foram 835, dos quais 257 ocorreram fora do distrito de Bragança, nomeadamente em Vila Real, Chaves e noutra local não especificado pelos dados da sub-região de saúde. Depois do encerramento da Maternidade de Mirandela, o distrito ficou apenas com a sala de partos de Bragança onde em 2007 foram registados 578 nascimentos.
Fora do distrito, a unidade mais procurada pelas grávidas é a de Vila Real, onde nasceram 227 bebés, a de Chaves com 19 e ainda uma maternidade mais distante, provavelmente no Porto, com mais 11.
Em comparação com anos anteriores, em 2007 nasceram no distrito de Bragança menos 238 crianças do que em 2003, em que o total foi de 1073 bebés.
Os dados divulgados pela sub-região de saúde revelam ainda que, entre Julho a Dezembro, foram realizadas 34 interrupções voluntárias da gravidez, ao abrigo da nova lei, o que corresponde a 13% dos 260 partos realizados no mesmo período.
Segundo a sub-região de saúde, o distrito seguiu a tendência nacional verificando-se um número inferior ao esperado, já que as previsões iniciais apontavam para que o número de interrupções voluntárias da gravidez fosse de 20 por cento.
Estes números são justificados pela sub-região de saúde de Bragança por fenómenos naturais, como o envelhecimento da população. Ainda assim não deixam de preocupar a coordenadora, Berta Nunes, que considera necessárias medidas adicionais em relação ao interior do país para combater a diminuição do número de partos na região transmontana e, em especial, no distrito de Bragança. “No caso do distrito de Bragança e de todo o Interior tem outras causas específicas, que tem a ver com o envelhecimento da população, com a falta de emprego”, afirma a coordenadora da Sub-região de Saúde. “Embora o governo esteja a tomar algumas medidas no sentido de apoio à maternidade, penso que em relação ao interior é preciso talvez medidas adicionais e este assunto deve ser tratado por todos os responsáveis políticos”, propõe Berta Nunes.
Cada vez há menos partos no distrito de Bragança.