Qua, 24/12/2008 - 08:28
“Tem-se notado uma grande quebra pois os clientes vêm e optam pelos artigos mais baratos” afirma Maria Emília Palavra, uma comerciante.
“Nota-se muita diferença do ano passado para este ano” refere Sílvia Fidalgo “e em parte é por causa de se dizer que 2009 vai ser um ano muito difícil”.
Já para Antónia Pousa “este foi o pior ano de todos”.
Até mesmo no sector das telecomunicações, o negócio tem diminuído. “A quebra é generalizada e andará à volta dos 25 a 30%” refere Miguel Monteiro, o responsável pelas vendas no distrito das três operadoras nacionais de telemóveis. Ainda assim adianta que “as vendas nas lojas de rua estão a crescer”.
No entanto, apesar do cenário geral de crise, ainda há estabelecimentos que lhe conseguem passar ao lado.
É o caso de uma ourivesaria e de uma loja de brinquedos. “Foi semelhante ao ano passado e estes últimos dias são fundamentais” refere Maria Alice Barreira. Outra comerciante, Luísa Carqueja reforça que o negócio “tem corrido melhor do que aquilo que eu estava à espera mas nota-se que as pessoas procuram prendas baratas”.
No Natal, os estabelecimentos comerciais têm horário alargado, mas a medida não é vista como sendo a solução para fazer com que as vendas subam. “Aqui não compensa abrir aos feriados ou ao fim-de-semana” refere Maria Emília Palavra “porque as pessoas não estão habituadas e vem pouca gente fazer compras”. Maria Alice Barreira considera que “quem quer comprar arranja sempre um bocadinho de tempo”.
Os comerciantes brigantinos queixam-se de mais um Natal em tempos de crise.
Escrito por Brigantia