Não há estrada nova para Vimioso

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Sex, 27/03/2009 - 17:43


O rato de Cabrera levou a melhor. A Estrada Regional 218, entre Outeiro e Vimioso, vai ser requalificada e inclui a construção de variantes em Outeiro, Argozelo e Carção. Uma solução que contraria a vontade das autarquias locais, que reivindicam, há 20 anos, um novo traçado.  

A nova estrada foi inviabilizada, recorde-se, por um estudo ambiental que põe em causa a sobrevivência deste roedor, bem como pelos custos da travessia do rio Maçãs.

O secretário de Estado das Obras Públicas e Comunicações, Paulo Campos, garante que esta é a melhor solução. “No passado, os procedimentos foram inviabilizados por um estudo ambiental. Podíamos insistir em fazer novos estudos e tentar passar por esse itinerário ou trabalhar em trajectos alternativos que nos dêem garantias que a breve prazo poderíamos concretizar melhores soluções”, disse Paulo Campos, garantindo que esta solução foi acordada com a câmara de Vimioso. “Para termos uma melhoria da ligação entre Vimioso e Bragança apostar nesta situação”, concluiu.  

 

Quem não se conforma é António Vaz, presidente da Junta de Freguesia de Pinelo, uma aldeia que ficará à margem do projecto de requalificação da estrada entre Outeiro e Vimioso. “Estou decepcionado. Preferia o traçado escolhido já há 20 anos”, desabafou o autarca do PSD, que revelou já ter pensado em formas de luta. Mas “ainda não houve acordo” entre os vários presidentes de Junta, apesar de já ter “havido conversas”.

  

Para José Rodrigues, presidente da Câmara de Vimioso, é preferível melhorar a actual estrada do que manter a situação tal como está.

 “Neste momento a solução apontada resolve um problema. Não o resolve tão bem como se a estrada fosse por Vimioso, Pinelo e Outeiro. Esta é uma solução alternativa que tive de aceitar”, disse José Rodrigues. O projecto de requalificação da EN 218, entre Bragança e Vimioso, abrange uma extensão de 20 quilómetros e custará 21,2 milhões de euros. O projecto de execução estará pronto em Outubro de 2010, mas ainda não há prazos para o arranque das obras.

 

Escrito por Brigantia