Sex, 03/08/2012 - 09:22
O autarca de Sambade, Carolino Pimentel, realça que só foi possível concretizar esta obra com o empenho da população.“Esta ideia surgiu logo quando vim para a Junta de Freguesia, estou no quarto mandato. Desde o início comecei a pedir as coisas às pessoas, que aderiram muito bem. E eu comecei a reunir as peças. Agora tínhamos esta escola livre e trouxemos os objectos para aqui. Agora vamos aguardar que um projecto da Câmara seja aprovado para alargarmos isto muito mais”, conta o autarca.Centenas de peças que remetem para os tempos de antigamente preenchem os recantos desta antiga escola. Desde os quartos de outros tempos, à cozinha tradicional com lareira e aos artefactos usados nas lides agrícolas. São inúmeras as peças que retratam as tradições desta aldeia. Alguns dos visitantes que por aqui passam conhecem bem estes artefactos e defendem a criação de mais museus nas aldeias para atraírem mais turistas ao concelho.“Conheço bem estes objectos, são serrotes, balanças, charruas. Também está aqui a foice, que andei a trabalhar com ela”, conta Manuel Alves, de Vilares da Vilariça.“Acho bem que tenham feito este museu, que é para os jovens verem como antigamente se trabalhava, que agora os jovens não conhecem nada disto e ficam pasmados quando olham para estas coisas”, realça Fernanda Costa, de Alfândega da Fé.“Deviam para nas aldeias que pudessem, porque podem vir mais turistas. As pessoas gostam de vir ver o que cá temos”, defende Teresa Faria, De Alfândega da Fé. Em tempos esta escola já teve três salas a funcionar com mais de 50 alunos cada uma. Hoje é um típico museu rural que mostra aos turistas as tradições do povo transmontano.
O objectivo da Junta de Freguesia de Sambade é alargar este museu. A Câmara de Alfândega da Fé já tem um projecto, que contempla também a requalificação da Casa do Povo. No entanto, este investimento, de cerca de 300 mil euros, depende agora da disponibilidade dos fundos do QREN.
Escrito por Brigantia