Ministra do ambiente valoriza investimento da Resíduos do Nordeste

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Seg, 08/02/2010 - 09:23


Dentro de ano e meio, metade dos resíduos produzidos no Nordeste Transmontano vão ser reaproveitados para produzir material orgânico e energia eléctrica, com a entrada em funcionamento de uma unidade de tratamento mecânico e biológico por digestão anaeróbia que vai custar cerca de 25 milhões de euros e criar cerca de 30 postos de trabalho. A Ministra do Ambiente esteve presente na assinatura do contrato de adjudicação entre a Resíduos do Nordeste e o consórcio vencedor.  

Dulce Pássaro considera que é uma obra muito importante porque vai permitir o cumprimento das regras comunitárias.

“A região dá inicio a um processo importante que tem a ver com o adequado tratamento dos resíduos urbanos, com privilégio para a reciclagem e para o cumprimento das exigência comunitárias” salienta a ministra, valorizando ainda a criação de postos de trabalho pois “é assim que vamos ancorando as pessoas às regiões”.

Actualmente, cerca de 94 por cento das cerca de 50 toneladas dos resíduos sólidos da região são depositados no aterro sanitário da Terra Quente, que tinha um prazo de vida útil até 2017.

 

Depois de concluída esta nova unidade, o aterro sanitário pode ter mais 25 anos de vida, Para além de aumentar o prazo de vida útil do aterro sanitário presidente do conselho de administração da Resíduos do Nordeste acredita ainda que o investimento vai possibilitar a redução da factura dos resíduos que os habitantes da região pagam.

“Se com uma unidade destas se pode prolongar a vida do aterro por mais 25 anos e ao mesmo tempo ainda fazer biogás e biodisel é fazer com que os munícipes paguem menos pela recolha e tratamento do lixo, pois quando mais receitas tiver o aterro menos custa aos munícipes” salienta José Silvano.

 

O autarca revela que actualmente, os custos para a deposição dos resíduos no aterro sanitário rondam os três euros e meio por cada habitante dos 13 municípios que integram o sistema.

Daí a importância deste investimento nesta nova unidade. “O que os 13 municípios produzem de lixo, fica a 3,5€ a cada munícipe, portanto uma casa com quatro pessoas pagaria 14 euros por mês, mas a maioria das câmara está a levar 1,5€ por contador de água” explica.

 

Esta unidade vai custar cerca de 25 milhões de euros, sendo comparticipada em 70% pelo QREN.

Vai criar cerca de 40 postos de trabalho, durante a fase de construção, e cerca de 30 postos de trabalho directos na fase de exploração da unidade.

A obra terá um prazo de execução de ano e meio, pelo que se perspectiva que possa estar concluída antes do final de 2011.

 

Em Mirandela, a Ministra do Ambiente inaugurou também as instalações da subdelegação da Administração dos Recursos Hídricos, que resultou de um protocolo entre a autarquia de Mirandela e aquele entidade.

Dulce Pássaro fala num serviço com muitas vantagens para a região. “Para as pessoas poderem tratar de licenciamentos e tudo o que diz respeito à gestão dos recursos hídricos tem uma estrutura em Mirandela e não precisam de se deslocar” refere, salientando que “é uma componente importante de descentralização e de gestão de proximidade que contribuiu para a eficácia dos serviços”.

As obras de adaptação foram suportadas pela autarquia, enquanto a ARH vai pagar a renda do imóvel.

Escrito por CIR