Ministra do Ambiente em Mirandela

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Sex, 05/02/2010 - 15:37


A Ministra do Ambiente preside, esta tarde, em Mirandela, à cerimónia de assinatura do contrato de adjudicação entre a Resíduos do Nordeste e o consórcio vencedor para a construção da Unidade de Valorização Orgânica de Resíduos Biodegradáveis por Digestão Anaeróbia que vai ficar instalada, junto ao aterro sanitário da Terra Quente, em Urjais, na confluência dos concelhos de Mirandela e Vila Flor.Uma infra-estrutura que vai custar cerca de 25 milhões de euros e criar cerca de 30 postos de trabalho. 

Actualmente, cerca de 94 por cento do total dos resíduos sólidos produzidos pelos habitantes dos doze concelhos do distrito de Bragança e do concelho de Vila Nova de Foz Côa, que integram o sistema gerido pela empresa Resíduos do Nordeste, são depositados no aterro sanitário, diminuindo assim o seu prazo de vida útil.

 Para tentar resolver esta situação, a empresa intermunicipal apresentou uma candidatura ao programa operacional temático de valorização do território para a construção de uma unidade Valorização Orgânica de Resíduos Biodegradáveis por Digestão Anaeróbia, que viria a ser aprovada.

 

Com a nova unidade, metade das mais de 50 mil toneladas de resíduos produzidos no nordeste transmontano vão ser reaproveitados para produzir material orgânico e energia eléctrica.

O Director-Geral da Resíduos do Nordeste não tem dúvidas que vai representar a abertura de um novo ciclo na gestão dos resíduos. “É uma oportunidade única para a região pois tem valência ambientais, económicas e sociais e com esta unidade podemos recuperar mais resíduos recicláveis” explica Paulo Praça, acrescentando que “vamos poder produzir composto e ter um pequeno aproveitamento energético”.

 

Por outro lado “diminui a quantidade de resíduos depositados em aterro aumentando o tempo de vida útil do aterro, pois esta unidade permite desviar pelo menos 5% daquilo que hoje é depositado em aterro sanitário”.

Paulo Praça explica ainda que a partir de 2011 “os resíduos que chegam ao aterro vão passar a ser depositados na unidade, que vai separar os resíduos por fileiras, fazendo o trabalho de separação”.

 

Esta unidade vai custar cerca de 25 milhões de euros, sendo comparticipada em 70% pelo QREN.

Vai criar cerca de 40 postos de trabalho, durante a fase de construção, e cerca de 30 postos de trabalho directos na fase de exploração da unidade.

A obra terá um prazo de execução de ano e meio, pelo que se perspectiva que possa estar concluída antes do final de 2011.

 Ainda antes da cerimónia do contrato de adjudicação desta nova unidade de tratamento mecânico e biológico por digestão anaeróbia, ao início da tarde, a Ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, vai inaugurar as instalações da sub-delegação da Administração dos Recursos Hídricos, que resultou de um protocolo entre a autarquia de Mirandela e aquele entidade.

O presidente da câmara congratula-se com esta decisão de fixar em Mirandela um serviço público. “A Administração dos Recursos Hídricos surge na sequência da extinção dos serviços hidráulicos que existiam em Mirandela. Foram criadas duas delegações da ARH, uma em Viana do Castelo e outra em Lamego” explica José Silvano. “Mas depois de muita persistência conseguiu-se que ficasse também uma subdelegação em Mirandela porque o território era muito grande”. O autarca adianta que “vai ter mais funcionários do que tinha a anterior delegação dos serviços hidráulicos”.

Escrito por CIR