Qua, 09/10/2024 - 16:57
O mau tempo trouxe prejuízos aos produtores de maçã em Carrazeda de Ansiães. A chuva e o vento fizeram cair o fruto ao chão, que agora já não pode ser vendido para o fresco.
Ainda com a campanha a decorrer, mais de metade das maçãs que faltavam colher ficaram danificadas. “30% da colheita da área do concelho ainda estava nas árvores, das quais pelo menos 50 a 60% está no chão, ou seja, foi um prejuízo bastante avultado. Uma quebra acentuada nesta fase final da campanha”, adiantou o técnico da AFUVOPA- Associação dos Fruticultores, Viticultores e Olivicultores do Planalto de Ansiães, Duarte Borges, explicando que estas maçãs estão agora desvalorizadas, o provoca uma “quebra de rendimentos”.
Embora em menor dimensão que a maçã, os olivicultores do concelho de Carrazeda de Ansiães também ficaram com alguma azeitona no chão. “No olival vemos alguma azeitona no chão nalgumas zonas da encosta”, disse.
Também na castanha houve prejuízos. Segundo Abel Pereira, presidente da ARBOREA – Associação Agro-Florestal da Terra Fria Transmontana, muitos ouriços caíram ao chão, no concelho de Vinhais. Se a castanha estivesse madura, o bom tempo poderia ser uma ajuda, mas não é o caso. “Há algumas zonas onde houve algumas quebras provocadas pelo temporal. O vento e as chuvas intensas acabaram por deitar ouriços abaixo e como a campanha está atrasada acabaram por cair. Se a castanha tivesse madura, até seria um bom processo de acelerar a colheita, mas como está atrasada e não tem maturação, acabará por provocar alguns estragos a nível da produção”, explicou, adiantando que os maiores estragos foram na zona de Lomba.
A campanha da castanha está atrasada cerca de duas semanas.
Os agricultores mais uma vez fustigados pelas intempéries, que desta vez afectaram as culturas da maçã, azeitona e castanha.
Escrito por Brigantia