Sex, 29/08/2008 - 08:59
Em poucos minutos, a aldeia de Grijó, em Macedo de Cavaleiros, viu-se em pleno caos. As valetas não suportaram a grande quantidade de água e a ribeira transbordou apanhando desprevenidos todos os que vivem na zona ribeirinha. Para além da chuva intensa, a trovoada fez-se acompanhar de ventos fortes que chegaram mesmo a levantar o telhado de algumas habitações. “Eu não estava cá, mas acabei por encontrar tudo destruído e nem tenho luz, nunca tinha visto uma coisa assim” relata uma habitante. Outra conta que a situação vivida “foi horrível por causa das casas alagadas”.
Contudo, as inundações não foram um cenário inédito na aldeia de Grijó, a moradora de uma das casas junto à ribeira conta, com esta, pelo menos três más experiências e tenta explicar os motivos. “Já é a terceira vez porque a casa está muito baixa, andaram a fazer obras na rua e ficou ao mesmo nível” afirma a habitante.
O maior prejuízo da aldeia recaiu sobre Alberto Alves, proprietário de uma carpintaria, que há dois anos é gerida pelo filho. O empresário ainda não fez as contas ao prejuízo, depois de, na tarde de ontem, ter ficado sem metade do tecto, com a fábrica parcialmente inundada e com diversa matéria-prima estragada. “Assisti e tudo a partir de casa e senti-me impotente” conta Alberto Alves. “A parte eléctrica, o telhado, e a construção do mobiliário ficou tudo estragado”.
A socorrer a população de Grijó estiveram vários elementos dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros, auxiliados por uma patrulha da GNR. Lama, árvores tombadas, telhados arrancados e casas inundadas foi o cenário vivido, ontem à tarde, na aldeia de Grijó.