PUB.

Maternidade de Bragança não aconselha presença do pai nas cesarianas

PUB.

Ter, 24/06/2008 - 09:10


Na maternidade de Bragança, do Centro Hospitalar do Nordeste, os pais são aconselhados a não assistir às cesarianas. Se um parto tiver ser feito recorrendo a este tipo de cirurgia, os progenitores são sensibilizados para não estarem presente durante o nascimento.

O director clínico do centro hospitalar explica que há inconvenientes, dado tratar-se de um acto médico feito no bloco operatório. Sampaio da Veiga entende que é necessário “explicar ao pai que a cesariana se processa num ambiente esterilizado, com condições muito próprias e portanto não era aconselhável estar presente, porque não estando habituado podia trazer-lhe algum mal-estar”. “A cesariana é uma operação que tem todas as condições e exigências de uma cirurgia de barriga aberta e por isso impressiona mais do que uma situação de parto”, defende o director clínico.

 

Para além disso, Sampaio da Veiga salienta que a presença de um elemento externo no bloco operatório pode representar risco de infecções. “O estar num bloco operatório é uma situação constrangedora, a pessoa não se sente a vontade e pode cometer erros de posição, de estar, pode reagir de forma negativa à situação”, explica Sampaio da Veiga referindo que “é preciso respeitar as condições mínimas de higiene e de cuidados para evitar complicações que sempre podem surgir”.

 

No entanto, o director clínico adianta que até ao momento não houve pedidos por parte dos pais para assistir a cesarianas. “Não há pedido para os pais assistirem, apenas há assistência na sala de partos normal”, revela o director clínico do centro hospitalar. “A ida ao bloco operatório, que é o que implica uma cesariana, não há registo de solicitações, se houvesse seria explicado e pedida a colaboração e compreensão das pessoas para que não assistissem a essa cesariana”, conclui Sampaio da Veiga.

 

Na maternidade de Bragança, os pais só podem assistir ao nascimento dos filhos quando tal acontece nas salas de partos.

 

Uma possibilidade que advém da concentração do serviço na unidade hospitalar da capital de distrito, onde foram criadas duas salas de parto.